quinta-feira, 30 de março de 2006

Cuidado, senão você dança.

"Run, Devil, run! The angel is having fun making winners out of sinners, better leave before his done.
When he gets through, he'll be coming after you. Listen what I'm saying to you: run, Devil, run!"

Primeira Capital


Parabéns, minha cidade linda! 457 anos! Sempre digo que Salvador tem todas as desvantagens de uma cidade grande e quase nehuma das vantagens. Na realidade, pensar que algo não é tão bom ajuda a não sentir tanta falta.

terça-feira, 28 de março de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte III

Nunca ganho nada. Nem em bingo de igreja eu consigo ganhar algo.
Qual não foi minha surpresa ao receber um email do La Gioconda anunciando que eu tinha ganhado 50% de desconto (quando quanho, só ganho metade) em um jantar. Ótimo. Jantar composto de entrada, dois pratos e sobremesa. Não me importo com a sobremesa. Nunca como.
Acontece que a entrada é: Cogumelo Paris gratinado com gorgonzola e salada verde. Eu odeio cogumelos de qualquer tipo. O primeiro prato: Gnocchi de abóbora com perfume de laranja ao molho de tomate picante, harmonizado com vinho português. Abomino gnocchi de batata. O de abóbora nunca nem vi, mas passo. Fácil.
Nem quis ver o segundo prato para não passar mais raiva.
Nem de graça.
É sempre assim: mesmo quando eu ganho, não levo.

quinta-feira, 23 de março de 2006

Mote


Everybody's got something to hide...even me and my monkey!
Nao entendeu? Clique abaixo:

http://vagalume.uol.com.br/the-beatles/everybodys-got-something-to-hide-except-for-me-and-my-monkey.html

Por isso, empunhemos a bandeira da Paraíba!


Até a morte!

sexta-feira, 17 de março de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte II

Depois de acordar cedo por nada, fui ao médico e ele me pediu um exame de sangue...
Paguei R$ 670,00 em um exame de sangue. Não, não coloquei um zero a mais. Paguei seiscentos e setenta reais em um exame de sangue!!!!!!
Por esse preço, espero que façam um mapeamento completo do meu DNA. Acho que estou financiando o projeto Genoma.
Eu mereço. Mereço mesmo!

quinta-feira, 16 de março de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte I

Voltei mais cedo do chopp com meu amigo Kirisoré porque teria aula de economia às 7:00 da madrugada. Os meus argutos colegas de classe simplesmente não se preocuparam em me ligar...

Saí de casa às 6:45 e liguei para um dos oligofrênicos para saber qual a sala do BSB Shopping eu deveria me dirigir. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que a aula foi mudada para as 20:00?

" A aula mudou. Você não viu o email?" É nessas horas que as perguntas mais imbecis aparecem feito Pop up para que a raiva se intensifique.

"Claro que não vi! Se tivesse visto, não acordaria tão cedo, filho de uma quenga torta!"

Tudo bem: Deus ajuda quem cedo madruga. Dirigi-me à padaria mais próxima para tomar um suco de laranja e planejar sossegado o homicídio de meus colegas logo mais. Lembrei que hoje é o aniversário de uma das oito moçoilas que trabalham comigo. Resolvi comprar presunto e pães para tomarmos café todos juntos no Palácio de Pedra.

"Duzentos gramas de presunto, por favor." Requisitei ao empregado da padaria enquanto decidia se explodiria a sala com os colegas dentro ou se provocaria um incêndio no Shopping durante a aula e trancaria todos na sala.

"Hahahahaha! Duzentos gramas...hahahaha! Você não quer DUZENTAS gramas, não?", retrucou Professor Pascoale disfarçado de atendente de padaria.

" Desculpe. DUZENTAS gramas de presunto, por favor" Ia adiantar explicar a ele que ele faltou à aula de portugûes na qual a professora explicou o assunto?

Descobri porque volta e meia nos deparamos com notícias como: "Jovem mata treze com metralhadora nos EUA".

É que em cada cidadezinha americana, assim como na 104 Norte em Brasília, tem um atendente de padaria metido a sabichão...

terça-feira, 14 de março de 2006

Filosofia de mesinha de estudo.

Vi uma frase interessante no último sábado enquanto queimava neurônios na UnB:

"Enemies make the most interesting friends"

Procurei no google o autor da frase e não achei. Nao deve existir, pois não está no Google, não existe. Simples assim. Se você colocar seu nome no google e não aparecer nada, você não existe! Não tem identidade. Procure seus pais para saber a verdade. Se é que seus pais de existem de verdade...

Anyway...

Não é uma frase cuja reflexão vai fazer um bem incomensurável para a humanidade, nem vai ser tema de um Roda Viva, mas, no mínimo, faz-nos perder alguns segundos pensando nisso. Só alguns segundos. Nada mais que isso, por favor.

É foda: não tenho o que escrever e fico escrevendo besteira.

E a Representante do Brasil junto à Comunidade Européia esperando a resposta do telegrama sobre uma permuta de um veículo oficial...

quarta-feira, 8 de março de 2006

Ah, se eu agüento ouvir...Parte II.

Domingão...preocupado com prova de espanhol da segunda...ansioso para dar minha primeira aula sobre o patrimônio para uma turma de diplomatas...assitindo à TV sem parar em canal algum...enjoado devido à bebedeira do dia anterior e a comida chinesa do almoço...um pouco de febre pela manhã... recebo ligação do namorado de minha ex-noiva, a qual deixei há quase um ano, perguntando se eu tinha ligado para ela...ela tinha recebido uma ligações de Brasília no dia anterior (eu acho) e ele achou que tinha sido eu...

Respondi, educadamente, como mamãe ensinou, que se essa era a maior de suas preocupações, que ele poderia dormir tranquilito. A resposta dele:
- Esperamos acreditar na sua história.
Será que o rapaz trabalha com telemarketing? Sei que nao trabalha, mas daria um ótimo operador de telefonia.
Pergunta: que tipo de sujeito liga para uma pessoa domingo à tarde para fazer uma pergunta dessas?
a) Inseguro;
b) Infantil;
c) O tipo de pessoa que nao tem o que fazer;
d) Medroso;
e)Covarde, pois só tem coragem de falar pelo telefone;
f) Burro, pois se sabia que o prefixo é de Brasília, sabia também o número que ligou;
g) Todas alternativas anteriores.
Seria hilário se não fosse tão ridículo. Pelo amor de Deus! Ah, se eu agüento uma coisa dessas! Será que sou tão poderoso assim que provoco disturbios emocionais nas pessoas mesmo a mil milhas de distância?

Mas eu mereço. Como diz minha amiga F..., estava todo mundo quieto e eu resolvi dar a idéia de jogar pedra na cruz.

sexta-feira, 3 de março de 2006

Conto. Parte VI


Já era quase meia-noite quando Vinícius, aquele que considerava um dos seus poucos amigos em Brasília, chegou e foi logo pedindo uma dose dupla de Cutty Sark. Vinícius é uma cara pacato e trabalhava na redação do Correio. Nasceu no Rio, mas estava em Brasília há mais tempo do que era capaz de lembrar. Estava, apesar da pouca idade, sendo cotado para o cago de Redator-Chefe do periódico. Andava nervoso, confuso e cansado da rotina jornalística, mas não podia perder a oportunidade. Trabalhava quase 16 horas por dia e sua resistência estava no limite.
“Vai com calma”, afirmou ele.
“Como vai amigo?”
“Eu que pergunto como vai você? Descobriu que você é adotado e foi molestado pelo caseiro quando pequeno?”
“Engraçado como você acha que consegue ser cômico”, disse e, em seguida, tomou de vez a dose dupla do scotch.
“Diga o que aconteceu, Seinfeld.”
“Fui conversar o tio Ruy sobre meus planos de casar ainda esse ano, que a Andrea estava ameaçando me deixar caso não entrasse no altar até o dia 31 de dezembro..”
Tio Ruy é uns 15 anos mais velho que Vinícius e uma espécie de guru para assuntos que não importavam muito: relacionamentos e vida profissional.. Ruy foi criado pelo pai de Vinícius e tornou-se uma espécie de irmão mais velho.
“O que ele disse?”
“Eu perguntei a ele o que ele achava, e sabe o que ele me respondeu?”
“O que?”
“Tanto faz....”
“Que tipo de conselho é esse?”
“Disse que tanto faz, que eu vou me arrepender de qualquer jeito. Casando ou não, eu vou me arrepender. Se casar agora vou me arrepender e se perder a Andrea também vou...”
“Porra. Tenho que admitir, o cara sabe das coisas”.
“É. O filho da puta está certo. É foda quando as coisas parecem não ter jeito, mesmo quando as opções são muitas. Lembra daqueles livrinhos que vendiam no final da década de 80 que você podia escolher que direção tomar entre algumas opções que o livro oferecia? Não importa qual o caminho tomado, às vezes, você se fudia por causa de uma decisão tomada antes Odiava aquela porra, mas li todos. Sempre dava um jeito de me dar bem, mas na vida é diferente. Não posso voltar atrás e pegar um outro caminho para me dar bem na frente. O livrinho que conta a história de minha vida só tem opções nas quais eu me fodo”
“Nossa. Vai escrever uma novela mexicana sobre sua vida? Esquece. Vamos beber. Sabe aquela maluca que é amiga da Vivi? Aquela que está louca para me dar?”
Vinícius acenou positivamente com a cabeça.
“Tá aí.”
“Coma.”
“Não quero. Ela vai grudar. Eu tenho certeza. Não quero ter que ser grosso com ela. Sei que no dia seguinte foi expulsá-la de minha casa. Tenho isso. No outro dia não vou querer olhar para a cara dela.”
“Você é viado...”
“Engraçado como você acha que consegue ser cômico”, retrucou ele.

Conto. Parte V

Simplesmente não queria nem ao menos beijar a garota. Sabia do interesse dela e pensou até em ir embora, mas quando o DJ colocou na vitrola “It’s a long way to the top (if you wanna rock and roll)” do AC/DC, da bolacha High Voltage, primeiro LP da banda australiana lançado mundialmente, resolveu apreciar a cerveja gelada e a boa música. A voz de Bonn Scott o fez esquecer da moça oferecida quase que instantaneamente.

Extra! Extra!

Saiu no Terra:

"Menino cola chiclete em pintura de US$ 1,5 milhão"
Um menino de 12 anos que visitava o Instituto de Artes de Detroit com um grupo da escola, na sexta-feira, colou seu chiclete sobre uma obra que está avaliada em cerca de US$ 1,5 milhão, informou o jornal local Detroit Free Press. A goma de mascar deixou uma mancha do tamanho de uma moeda de 25 centavos de dólar no canto inferior esquerdo da pintura "The Bay" (a baía), de Helen Frankenthaler"

E eu pensando que matar aula, roubar coco e invadir a casa da vizinha para ver ela pelada eram travessuras. Eu era um santo do lado desse filho de satã...

Mas ponto pra ele. Cara-de-pau das mais bem esculpidas.