Faz, hoje, vinte anos que eu, na época com doze anos, acordei cedo naquele domingo na expectativa de ver meu Bahia sair de Porto Alegre com o título de campeão brasileiro. Lembro que li artigo no extinto Tribuna da Bahia no qual vaticinava o resultado da final de logo mais: o Bahia perderia a "Batalha do Beira-Rio".
"Jornalista babaca. Deve ser torcedor do Vitória."
`As 16 horas, quase todos os moradores da Teófilo Braga se reuniram na casa n 17 para ver o jogo.
Após muita mandinga e uma desinteria provocada pelo nervosismo, ouvi o apito final do folclórico árbitro Dulcídio Wanderley Bosquila e pude chorar aliviado: meu Bahia era campeão brasileiro pela segunda vez.
O que vi nos últimos vinte anos foi a derrocada de um time cuja torcida é, sem dúvida alguma, a mais fanática do mundo . Sem planejamento estratégico e "parado no tempo", o clube mais tradicional do norte-nordeste brasileiro foi sucateado.
Mas, tenho certeza, vou ainda ver os tempos de glória do esquadrão de aço de volta.
Bora Bahêa, minha porra!