sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Falha de caráter

Sabe aqueles momentos no qual você se sente à vontade para conversar sobre qualquer coisa? Há momentos, geralmente regados a cervejas, em que não temos vergonha de falar sobre tudo. Estava conversando com algumas pessoas acerca de falha de caráter.
Fiquei muito feliz em saber da falha dos outros: Britney Spears, Fábio Jr., Maria Rita (brega até a alma!), Calipso, Ray Conniff, Cher (essa foi foda!), Bon Jovi, além de outro astros...
Concordamos que gostar de Roupa Nova não é falha de caráter.
Ah! A minha? Alejandro Sanz. Visto o que precede, fiquei más tranquilo

How to be good

Não se deixe enganar: o título não é referência ao livro de Nick Hornby (que, por sinal, todas as pessoas deveriam ler antes dos trinta, mas só serve se for antes dos trinta).
Com a minha fama de mal-humorado, achei conveniente colocar o texto abaixo aqui. Achei muito bom!
Está aí para o seu julgamento.
" - Por que a gente não teria o direito de criticar, de achar certas pessoas babacas e fracas, sob pretexto de que teríamos um clima pesado e ciumento? Todo o mundo se comporta como se fôssemos todos iguais, como se fôssemos todos ricos, educados, poderosos, brancos, jovens, belos, machos, felizes, como se todos estivéssemos com boa saúde, como se todos tivéssemos um carrão... Mas isso, obviamente, não é verdade. Por isso, tenho o direito de gritar, de estar de mau humor, de não sorrir idiotamente todo o tempo, de dar a minha opinião quando vejo coisas não-normais e injustas, e até de insultar as pessoas. (Clémence)
- Estou de acordo, mas... isso é fatigante. Podemos fazer de um jeito melhor, não? (Antoine)
- Você tem razão - concedeu Clémence. - É idiota gastarmos toda a nossa energia com coisas com as quais não vale a pena gastá-la. Mais vale guardarmos nossas forças para nos divertir. (Clémence)
- E para passear na margem do rio. (Antoine)."
"Como me tornei estúpido" de Martin Page, p. 155".
Só não concordo com Antoine: para mim, fingir que concordo com aquela pessoa idiota que diz besteiras acerca de política, economia, diplomacia e bruxaria é muito mais desgastaste do que fazer cara de bonzinho e concordar com a enxurrada de asneira. É por isso que escolho bem os meus amigos...
Eu quero ser mal-humorado, estar de mal com a vida, criticar, fazer cara feia, não concordar...
Até porque eu tenho energia de sobra para fazer tudo isso, divertir-me e para passear na margem do rio (no meu caso, na margem do Lago Paranoá).

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Da série grandes Tchecos.

Para Milan Kundera, tudo aquilo que escolhemos pela leveza acaba se revelando de um peso insustentável. Só que o peso da escolha pela leveza é imediatamente sentido por aqueles que foram vítimas da escolha.
Viva, Kundera! Apesar do livro se referir muito à opressão "versus" liberdade e ser ambientado nos conturbados anos de 68 na ocupada Tchecoslováquia, a escolha e suas conseqüências são temas recorrentes e, talvez, a principal vertente do livro. A escolha pela leveza (interpretação minha) é feita num momento de inflexão, de indecisão e confusão mental que nos deriva ao "peso" da escolha feita erradamente.
Sendo assim, é provável que várias vezes podemos escolher ser felizes. Só questiono a oportunidade de acertarmos novamente com as pessoas que foram afetadas por nossa leveza. Tudo deixa marcas. Cabe àqueles que afetamos aferir a profundidade da ferida e a disposição de perdoar-nos, mas, repito, tudo que fazemos deixa marcas.
Devemos ter cuidado, porém, para não tratarmos a vida com a leveza das escolhas erradas. Só assim poderemos ser felizes.

sábado, 8 de outubro de 2005

Coisas que eu odeio – Parte II. Comidas.

Milho, azeitona (preta, verde, amarela, rosa...), sarapatel, boliviano, ervilha, palmito, rúcula, buchada (de boi, bode, rato, urubu...), dobradinha, chuchu, maxixe, jiló, bacalhau, aqueles salgadinhos que parecem uma trouxinha que leva uva-passa e pimenta, frutas e uva-passa na salada (maçã, abacaxi, pitomba... Quem foi o chef que inventou esta loucura. Não combina. Não adianta insistir), frutas cristalizadas, panetone (como é que alguém pode gostar daquele pão com gosto de mofo?), qualquer tipo de cogumelo (champion, Shiitake, Shimeji, Portobello, Pleurotus salmão, Paris, Enoki, Erinki), crepe (massinha nojenta), gnocchi.

Portanto, nunca me convide para comer um crepe de quatro cogumelos. Acredite, já aconteceu!