domingo, 31 de dezembro de 2006

Scraps sem noção.

OBS: post sem acentos.

Comeco, hoje, a publicar, depois de varias perolas perdidas pela minha mania de apaga-los, os scraps sem a minima nocao que algumas pessoas deixam no meu orkut. Inicio por um recado deixado por minha amiga F. hoje a noite:

"José Maueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeel!!Só vai dar você e Jhonny nesse reveillon viu??Beijo!!Love you forever (to beba!)"

Detalhe: estou em Salvador, vou passar o reveillon em uma praia maravilhosa, ela esta em Brasilia, sabe-se la onde ira romper o ano (la ele!!!) e eu sou o "Jose Mauel". Aooooonde, F.?
Beijo.

Conto. Parte VII

OBS: post sem acentos.
Livia chegou e, tambem, foi logo pedindo uma dose de vodka e uma lata de agua tonica. Sempre pedia a mesma coisa. A dose do Gate’s e’ generosa e a bebida russa a fazia lembrar do avo. Era sua bebida favorita. Uma cirrose hepatica encurtou a vida do pai de sua mae. Na realidade, a morte era algo com a qual Livia sempre teve que lidar: seu pai morreu em um acidente de carro quando ela tinha apenas tres anos de idade. E claro que sentia falta do pai, mas a morte, por afogamento na piscina durante uma festa na escola, do irmao mais novo a afetou imensamente. Acontecera ha mais de 15 anos, porem nunca se recuperou totalmente. Inteligente e com um corpo escultural, Livia chamava a atencao de advogados, estagiarios e servidores publicos que frequentavam o Forum Des. Milton Sebastião Barbosa. Livia e Promotora de Justica na 2ª Vara Crime e a forma dura com a qual tratava alguns dos reus causava desconfortos em todos presentes nas audiencias. Pensou no avo, no pai, no irmao, ofereceu a primeira dose a eles e entornou o liquido como se apenas a tonica estivesse no copo. Ele, atento a cena, nada falou. Livia aproximou-se do amigo, deu-lhe um beijo na bochecha e falou: “Aquele filho da puta. Escroto. Pilantra.” Livia nao economizava palavroes. Dizia sempre o que sentia e o que pensava. Quase nunca lhe pediam conselhos, pois muitas pessoas que enfrentam qualquer problema procuram amigos nao para ouvirem palavras sabias com solucoes para seus tormentos, mas, sim, afagos e palavras de conforto. Ninguem gosta de ouvir que parte do problema e o problematico metido na encrenca. Ela dizia a verdade.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Associação Recreativa Bico de Luz.

Em pleno sertão piauiense, um grupo de mais ou menos 30 distintos cavalheiros com idades entre 40 e 65 anos passam as tardes de sábado em uma espécie de barzinho/serviço de lavagem de veículos. O lugar não é dos mais limpos e aprazíveis. A partir das 18h, muriçocas (pernilongos) famintas saem à caça de sua dose diária de sangue, o que provoca certo incômodo aos freqüentadores do lugar. As vigas de sustentação do local são feitas de tubos de PVC preenchidas com concreto; o garçom e dono do estabelecimento faz todo o serviço de lavagem de copos, serviço de mesa e ainda comanda a churrasqueira, repleta de carnes, improvisada em uma roda de um Volkswagen qualquer. Os guardanapos, magistralmente encaixados em uma garrafa “pet” cortada no último terço e com uma abertura na lateral, são de papel higiênico. Até aí tudo bem, pois quem fabrica o papel que limpa a sua boca é a mesma empresa que faz o papel higiênico. A música, que sai dos alto-falantes de um dos carros ali estacionados, é a mesma que se ouve no interior do Brasil afora. Em pauta: piadas, discussões políticas, acirradas conversas futebolísticas, idéias mirabolantes de como enganar a patroa e chegar mais tarde em casa, as aventuras dos tempos de solteiro, profecias sobre o futuro e glórias sobre o passado.Experiência socio-antropológica de primeira. É impossível não se sentir parte da Associação mesmo tendo uma história de vida que em nada lembra as experiências contadas na mesa do bar pelos distintos senhores do sertão. Pura sabedoria nordestina perdida no interior do Piauí. Diverti-me muito e só notei que já passava das 18h quando as muriçocas começaram a alimentar-se do meu sangue. Por isso, viva a Associação Recreativa Bico de Luz.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Visitante do dia...Parte XXIII


Ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca.

A maior declaração de amor já escrita foi feita em apenas sete versos. Por quem? Fernando Pessoa. Quem mais poderia ser?

"Quando te vi amei-te já muito antes:
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro."

Já leu algo mais bonito? Duvido.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Visitante do dia...Parte XXII


Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov. O Chanceler russo está preocupado com o desenrolar do caso do ex-espião russo Aleksandr Litvinenko (ex-KGB). Teme que o caso possa desestruturar as relações com a Inglaterra. Aqui no Brasil, está prevista a assinatura de acordos de cooperação tecnológica, além de outras atividades protocolres. Segundo o Chanceler russo, "Consideramos o Brasil como o parceiro importante e seguro da Rússia na América do Sul. Os nossos países unem-se pela coincidência ou proximidade das atitudes diante da maioria dos problemas internacionais atuais. Nos últimos anos conseguimos melhorar o comércio bilateral -o volume superou US$ 3 bilhões em 2005. Mas isso não é um limite. Triplicá-lo é realístico. Acho que agora já podemos constatar o espírito e os princípios da parceria estratégica. Essa é dirigida à formação da aliança tecnológica entre os nossos países." Ah, você diz isso pra todos!

sábado, 9 de dezembro de 2006

Visitante do dia...Parte XXI


Presidente eleito do Equador, Rafael Correa. Economista de esquerda, Rafael Correia pretende rever os contratos de exploração do petróleo equatoriano com as empresas estrangeiras. Pretende quadruplicar a renda hoje recebida pelo Estado. É... Evo Morales fazendo escola. Afirmou, ainda, que sua vitória eleitoral é mais um sinal de que a América Latina "está mudando de fase". Rezemos.

Ah, se eu agüento ouvir...Parte VII

E não é que de repente ouço a seguinte pérola:
“Na terça, cheguei a ir ao seu prédio... Estava muito mal e precisava falar com você, mas fiquei com medo de você estar com alguma menina.” Quem está com medo sou eu!!! Sabia que a boa ação da segunda (doação para um orfanato) iria me trazer algum benefício divino e a menina não interfonou, ligou ou subiu. Quando eu digo que um encosto do tamanho universo me escolheu para sua morada terrena e que o espírito de Murphy parece estar me rondando, ninguém acredita.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Visitante do dia...Parte XX


El Senhor Presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chaves. Viva Chaves! Viva el pueblo venezuelano!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Visitante do dia...Parte XIX


Ministro das Relações Exteriores do Panamá, Samuel Lewis Navarro. É também o primeiro vice-presidente do Panamá. Navarro é um empresário panamenho de 49 anos e foi eleito em 2003 para um mandato de 5 anos por uma colicação de centro-esquerda do país do canal.

Está mais ou menos assim...


Sai, encosto!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Top ten museus

A lista abaixo é referente aos museus por mim já visitados. É bem provável que existam outros mais magníficos do que esses, mas você não vai se arrepender nem um pouquinho se for a todos eles. Banho de cultura, história e arte. Pra quem gosta, é claro, porque gosto é igual a braço: tem gente que não tem. Os links servem de aperitivo.
1º - Musée du Louvre – Paris. Cliché? Vai lá e tente passar menos de 6 horas se for capaz. Mistura de National Gallery com British Museum. Victoria de Samothrace, Vênus de Milo, Da Vinci, Michelangelo, Delacroix, Raffael, Bottichelli, dentre outras coisas de deixar o queixo caído;
www.louvre.fr
2º - The National Gallery – Londres; www.nationalgallery.org.uk
3º - Musée d’Orsay – Paris; www.musee-orsay.fr
4º - The British Museum – Londres; www.thebritishmuseum.ac.uk
5º - Van Gogh Museum – Amsterdam; www.vangoghmuseum.nl
6º - American Museum of Natural History – NY;www.amnh.org
7º - Holocaust Museum – Washington D.C; www.ushmm.org
8º - Cité des Sciences de Paris La Villette – Paris; www.cite-sciences.fr
9º - Rijksmuseum – Amsterdam; www.rijksmuseum.nl
10º - Rembrandthuis - Amsterdam. www.rembrandthuis.nl

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Nego!

Tem gente que leva a vida inteira impunhando a bandeira da Paraíba. Claro que todos temos coisas a esconder, mas fazer disso leitimotiv de vida já é demais. Tudo tem limite, pelo amor de Deus.
Empunhemos a dita bandeira, mas tatuá-la na testa é foda! Principalmente por motivos banais.

domingo, 26 de novembro de 2006

Back home

Finalmente, pego o aviao de volta para o Brasil amanha. Saudades das pessoas que realmente sentiram minha falta. Como sei? Eu sei. So isso. Beijo, Nanda e Lua.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

The Beatles - I'm so tired

I'm so tired, I haven't slept a wink
I'm so tired, my mind is on the blink
I wonder should I get up and fix myself a drink
No,no,no.

I'm so tired I don't know what to do
I'm so tired my mind is set on you
I wonder should I call you but I know what you'd do

You'd say I'm putting you on
But it's no joke, it's doing me harm
You know I can't sleep, I can't stop my brain
You know it's three weeks, I'm going insane
You know I'd give you everything I've got
for a little peace of mind

I'm so tired, I'm feeling so upset
Although I'm so tired I'll have another cigarette
And curse Sir Walter Raleigh
He was such a stupid get.

You'd say I'm putting you on
But it's no joke, it's doing me harm
You know I can't sleep, I can't stop my brain
You know it's three weeks, I'm going insane
You know I'd give you everything I've got
for a little peace of mind
I'd got for a little peace of mind

Mas passa.

sábado, 4 de novembro de 2006

Bangaluru

Nevegando na internet, vi que Bangalore mudou de nome: agora chama-se Bengaluru. Por que mudou o nome? O que significa? Ah, veja o link:
http://news.yahoo.com/s/afp/20061102/wl_sthasia_afp/indiatechnologybangaloreoffbeat_061102063241

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Fuera de mi mundo.

Thomas Friedman nos ensina que, hoje, o mundo é plano e que, na realidade, estejamos em Bangalore, Lagos ou Brasília, estamos conectados de tal forma que estamos, praticamente, no mesmo lugar: o diminuto planeta Terra. Discordo. Estou em Lagos e sinto que, meu mundo, leia-se Brasília, e todos os habitantes dele estão mesmo muito longe. Estão a todas as milhas que separam o Brasil da África. Uns, mais longe que outros, é verdade. Porém, o que mais sinto é que estou em um mundo à parte, do qual não sou habitante, enquanto que cada pessoa que significa alguma coisa para mim está longe. Muito longe. Emails, MSN etc., nada disso me conforta. Gosto de contato face a face, de poder sentir o cheiro, ver, tocar, estar perto, enfim.
Senhor Friedman, o mundo é plano uma ova! Ele é redondo e, nesse momento, insuportavelmente gigante.

domingo, 29 de outubro de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte VI

Aqui em Lagos, diversão é algo não muito constante. Ontem, a Ministra convidou-me, juntamente com o Conselheiro, a J. e o H. para jantarmos na Residência Oficial (que fica no mesmo terreno do 'compound'). A conversa estava animada com os membros da mesa discorrendo sobre as intrépidas aventuras mundo a fora a serviço do MRE. A comida preparada pelo cozinheiro J.P. estava soberba. Tomávamos um reserva italiano cujo nome nao me lembro. Foi aí que 'Fabio, o Joselito sem noção' entrou em cena: como quase toda pessoa de idade avançada, a Ministra afastou a garrafa do vinho tinto para poder ler com mais precisão as minúsculas letras do rótulo. Não percebi e pensei que estava a me oferecer mais da bebida be Baco. Soltei um 'muito obrigado Ministra, o vinho é maravilhoso" e coloquei a taça para que me servisse mais um pouco. Todos na mesa perceberam a gafe e riram. A Ministra, com cara de poucos amigos, serviu-me a última dose (vinho é servido em taças, eu sei, mas só tinha o equivalente a uma dose de whisky) do Reserva. Gafe ou não, tomei o vinho com gosto!

sábado, 28 de outubro de 2006

Welcome to Nigeria.

As referências não eram muito boas e eu estava temendo o pior ao chegar em Lagos: retenção de Passaporte Diplomático, pedido de propinas etc. Quando vi a Ministra ao longe, antes da Alfândega, tranquilizei-me. Mas comigo nada dá muito certo, minha mala não chegou. Ficou em Paris e só veio para Lagos 24h depois. Nada de tão grave. Ganhei uma necesserie da Air France com um detergente (acho que pra lavar a cueca), desodorante (vagabundo), uma camisa branca (igualmente vagabunda. Daquelas que dá pra ver até o bico do peito quando a veste), uma escova de dentes (daquelas que esfolam a gengiva com a mais singela escovada). Só esqueceram o sabonete. Franceses... Lagos é uma cidade que parece New Orleans...depois do Katrina!! É um favelão com 15 milhões de habitantes. As pessoas simplesmente desconsideram qualquer veículo automotor como ameaça à vida e guardas de trânsito que andam com pedaços de madeira gritando e tentando controlar o caos. Acho que, aqui, ganha quem buzina mais! Nunca vi nada igual. Em nada lembra a África típica daquilo que muitos imaginam. É uma cidade grande, mas sem infraestrura alguma e miséria por toda a parte. Não vi nada que me deixasse muito abismado, mas acho que não perco por esperar. Ainda vou passar muitos dias por aqui. Confesso que, até agora, estou até gostando de ter vindo.

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Amsterdam nov. 19 - 23th


Guess who's gonna be around then?

sábado, 14 de outubro de 2006

Breakfast on Pluto for dinner


"Um dos melhores filmes que eu já vi"


"Ontem, assiti a um filme muito bom: "Café da Manhã em Plutão"


Foi confiando nas indicações de duas pessoas, as quais respeito muito, que fui ver "Breakfast on Pluto".


O diretor era de primeira (Neil Jordan - The Crying Game e Interview with the Vampire) e o ator principal também (Cillian Murphy - 28 days later, Red eye e Batman Begins).
Vou ser sincero: o filme é bom, a trilha sonora é sensacional e a atuação de Murphy é fantástica.
Conta a história da vida de um "crossdresser" nos tumultuados anos 70 na Irlanda e Inglaterra que parte em busca da mãe em Londres. Situações hilárias e tragédias dantescas são vividas pelo personagem na sua busca. Neil Jordan conseguiu dar vida a personagens muito interessantes e dirigiu magistralmete a atuação de Murphy. Talvez, seja esse o maior mérito do diretor.
O filme ainda termina com uma frase sensacional de O. Wild: "I love talking about nothing. It is the only thing I know anything about. "

So do I, Oscar. So do I.


Quatro estrelas

sábado, 7 de outubro de 2006

Visitante do dia...Parte XVIII


Presidente eleito do México, Felipe Calderón. Depois um processo eleitoral confuso e marcado por suspeitas de fraudes, Calderón obteve vitória no Tribunal Eleitoral mexicano. Pouco experiente na vida pública, Calderón governará o México de 2006 a 2012. Conservador, o novo Presidente terá que enfrentar a impaciência das classes populares e da esquerda do candidato derrotado López Obrador.

domingo, 1 de outubro de 2006

Letargia

- Pai, eu preciso saber o que você quer.
A comida do filho já havia chegado e ele ainda estava tomando a água com gás e limão. Nem gosta de água com gás, mas era a única coisa que ela tomava - fora a taça de vinho em ocasiões especiais - quando saiam para jantar. Beber aquela coisa amarga e sem graça não agradava ao seu paladar e fazia doer seu estômago. A gastrite o atacou novamente. Dessa vez pior: vomitou sangue por duas vezes na noite anterior, não conseguiu dormir. Nem com dois comprimidos de algum remédio tarja preta que encontrou no banheiro. Também não sentia fome, sede ou qualquer necessidade física. O vazio que sentia refletia-se no estado letárgico em que seu corpo colocara-se nas últimas quarenta e oito horas. Finalmente falou:
- Eu quero ela de volta.
-Tarde demais para isso.
O filho tinha razão. Ela estava morta. Câncer. Consumiu o corpo dela mais rápido do que ele pode dizer o quanto os quarenta anos juntos significou para ele. Sentia raiva por não ter tempo de deixar bem claro o que sentia. No início, achou que seria mais difícil e doloroso para ela dizer que acreditava que as séries de eventos que fizeram com que se conhecessem não foram coincidência, foram divinos; que todos os devaneios e descaminhos da vida dos dois eram trilhas feitas para que se encontrassem; que a amava com uma imensidão oceânica; que ainda lembrava da noite em que se conheceram por intermédio de uma amiga em comum e da primeira fez em que se tocaram quando a chamou para dançar naquela noite; que ainda lembra de que sentiu quando a beijou pela primeira vez e qual a música que tocava no show de jazz que foram juntos dois dias depois; que a levou para a estréia de “Ontem, hoje e amanhã”, de Vittorio de Sicca. A primeira vez que foram ao cinema. Teve medo de que ela dissesse que toda a aquela baboseira sentimental só estava sendo dita por que ela estava morrendo; que o que realmente importava era a família que criaram juntos e toda a cumplicidade enraizada nas décadas de convivência. Ela sempre foi racional e eu, emoção, pensava. Quis, também, dizer-lhe que se sentia um idiota por todas as vezes que brigou com ela; por todas as vezes que, movido por sua frágil capacidade de argumentar, feria-lhe os sentimentos. Mas aprendeu com ela a ser uma pessoa melhor. Ela ensinou-lhe a a ser mais sábio quando as coisas não iam tão bem no relacionamento. Era grato por tudo isso. Quando decidiu dizer a ela era tarde demais. Já não o escutava. Agora, tinha que conviver com a dor de nunca ter dito a ela tudo aquilo; conviver com o torpor causado pela dor de perdê-la.
- Precisas comer algo. Pai, por favor. - Pai! Gritou tão alto que assustou a senhora com cabelo engraçado e vestido vermelho da mesa ao lado. Havia momentos em que sua atividade psíquica estava reduzida a tal ponto que se sentia sentado em uma cadeira em um espaço branco, infinito, sem som, até mesmo naquele restaurante lotado. Não tinha consciência do que se passava em torno dele. - Vi um filme de David Fincher no qual o personagem principal, interpretado por aquele rapaz que fez "Seven" e "Doze Macacos", cujo nome agora não vou me lembrar, dizia: “Somos livres para fazer qualquer coisa quando perdemos tudo que temos”. Agora entendo realmente o que é perder tudo. Embora, agora, possa fazer tudo o que quiser, não tenho vontade de fazer muito. - Está falando besteira, pai. Sabia que não. Três dias depois, um derrame fatal atacou-lhe e pôs um fim ao seu sofrimento. A empregada, que o encontrou sentado na cadeira em frente à televisão na qual passava a reprise de “Ontem, hoje e amanhã”, teve a impressão de que o velho, morto, estava sorrindo.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Visitante do dia...Parte XVII


Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, e Senhora e Ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Nkosazana Zuma. O motivo da semana agitada é o Seminário IBAS (India, Brasil e África do Sul realizado aqui no MRE.
Os melhores nomes são os africanos, sem dúvidas.

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Visitante do dia...Parte XVI


Primeiro-Ministro da Índia, Manmohan Singh, e Senhora e o Ministro das Relações Exteriores, Anand Sharma.

Visitante do dia...Parte XV


Ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez. O novo Chancelar paraguaio afirmou ter como prioridades a eliminação de entraves comercias com Brasil e Argentina, além de negociações para uma "saída justa em rerlação a Itaipú". A polêmica diz respeito à dívida da hidrolétrica que está em cerca de US$ 19,6 bilhões.

Intranet

Diálogo entre mim e uma amiga na intranet do MRE:
Obs: os eventuais erros gramaticais não devem ser considerados. Os nomes foram abreviados ou omitidos para preservar a intimidade das pessoas envolvidas.
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:17
- Oi. Vcs saíram sábado? Juro que não fui pq fiquei com medo do ... .Mas não conta pra ele não!
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:22
- Tudo bem. Fica pra próxima. V. me disse que vai passar por aí esta semana. Dê um toque quando ela aparecer. E vc? Como está?
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:23
- Vcs estão se falando? Que legal! Dou sim. Tô meio sem saber o que fazer da minha vida. Sem saber se vou conseguir continuar namorando o M. ou não...
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:26
- Nos falamos pelo Orkut... Nada muito contundente, mas é sempre legal conversar com ela. Nao existe mais o peso de um relacionamento fracassado e das confusões daquela época. quanto a M., é bem mais difícil quando a confiança acaba...
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:29
- Pois é. E tem sido estranho quando a gente está junto. Eu fico com uma sensação constante de angústia misturada com decepção. Não consigo responder aos carinhos dele e ainda sou meio tosca de vez em quando, como se estivesse com raiva e não conseguisse demonstrar só pela raiva... I'd give everything for a little peace of mind...
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:37 -
é...felizmente eu estou tendo um pouco de peace fo mind, lately. Nao sei se vc insistir em encontrar ele agora vai ser bom. Dê um tempo, mesmo. Sem ligar ou encontrar com ele. Seja sincera e diga q vc precisa de um tempo pra engolir a historia toda. Acho que vai te ajudar. Vi um trailer este fim de semana que o cara usa uma metáfora: ele é um vendedor de sapatos e uma mulher reclama que nao quer mais um tipo de sapato pq causa feridas no pé dela. Ele diz: You think you deserve this pain, but you don't. Achei genial! We definitely don't need it.
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:41
- Yeah, I know. But it is dificult to give up an old pair of shoes... Mas vc estácerto. Tenho que dar um tempo. O problema é que a gente se vê todo dia na academia...
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:46
- Dra. M. me disse hj: quando a gente nao quer mesmo, quando a parte da gente q nao quer encontrar é predominante, a gente dá um jeito. vc pode ir em outro horário, sei lá. Ajeitar sua rotina pra fazer academia em outro horário. Ou mudar de academia. ou qualquer outra atitude. Resta saber se o lado que predomina é o que nao quer encontrar ele. Posso publicar nossa conversa no blog? Omitirei os nome, é claro...
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 11:50
- Pode. Mas é exatamente esse o meu problema: não sei o que predomina. Às vezes, queria nunca mais vê-lo. Outras, que nada disso tivesse acontecido. E outra ainda que queria passar por cima de tudo e ficar numa boa.
Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 12:19
- Enquanto vc nao resolver quem predomina, fica difícil tomar uma atitude... Uma hora vc vai ter que dar um empurrãozinho em favor de um dos lados... Enviada em: segunda-feira, 4 de setembro de 2006 12:21 - Já estou pendendo pra um deles.Vou aproveitar as férias e a mudança pra Águas Claras.

Fique bem, L. Gosto muito de você. Beijo.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Visitante do dia...Parte XIV


Ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Consuelo Araujo Castro.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Lady In The Water


Sou suspeito: adoro os filmes de M. Night Shayamalan e esse não foi exceção. Seu mérito não está na originalidade de suas histórias, mas na maneria como as conta. Já vimos filme de terror, mas nenhum como "O Sexto Sentido" (The Sixth Sense - 1999). Filmes de super-heróis são feitos desde muito tempo, mas nenhum como "Corpo Fechado" (Unbreakable" - 2000). Alienígenas são recorrentes no cinema desde a década de 50, mas nenhum como "Sinais" (Signs - 2002). Não é diferente com esse filme. O estilo continua o mesmo: surpreender o espectador com um roteiro bem feito e que no fim deixa um gostinho de "como não percebi isso antes?". O trabalho de fotografia (em um cenário simples, pequeno e com iluminação impecável com cenas filmadas entre a noite e o amanhecer como nunca vi antes) é magistral. As tomadas de fundo geniais continuam em alta nos filmes do diretor indiano. Some-se a isso o trabalho magnífico dos atores Bryce Dallas Howard (A Vila) e Paul Giamatti (Planeta dos Macacos, American Splendor e Sideways). Chama a atenção, também, o fato de que, dessa vez, o diretor resolveu colocar-se em um papel de destaque no filme: um escritor que não consegue terminar o seu livro. O próprio diretor reconhece que sua história não é original: em certo momento um personagem (Bob Balaban, Gosford Park e Capote) diz algo como: "não existe mais nada original na humanidade, infelizmente". Ele reconhece, mas consegue ser surpreendente mesmo na falta de originalidade. É um conto-de-fadas, mas como nenhum outro. Faz pensar que todos somos importantes mesmo quando fracos e que são desses momentos que nascem o melhor da gente. A inocência é retratada como o não reconhecimento do quanto somos importantes para alguém.
E ainda dá tempo de criticar a guerra no Iraque. Para mim, gênio.
Assista ao filme, mas leve a criança dentro de você. Só assim você vai aproveitar o filme como Shayamalan quis que você aproveitasse.

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Visitante do dia...Parte XIII


Presidente do Comitê Permanente da Assembléia Popular Nacional da China (Órgão Legislativo), Wu Bangguo. Bangguo é também o segundo dirigente mais importante na hierarquia do Partido Comunista Chinês, constituído apenas por nove dirigentes e liderado pelo Presidente Hu Jintao. Almoço na Sala Rio de Janeiro.

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Eu, a Revolução Industrial e o político

Parece título de filme de Peter Greenaway, mas não é. Imaginem a cena: meio-dia, interior do Piauí, 37º, um candidato a Deputado Estadual, uma fábrica de tecidos insuportavelmente barulhenta, máquinas trabalhando a todo vapor, empregados trabalhando em condições insalubres, máscaras de proteção, um refeitório pouco asseado, montanhas de comidas nos pratos, discurso pedindo votos, almoço com a cúpula capitalista (não no refeitório, é claro, mas à beira de uma piscina maravilhosa).
Acompanhei meu pai na empreitada. Até que o processo de transformação do algodão em tecido é interessante, mas um lugar quente (vocês não têm ideia do quanto), barulhento e pouco limpo não é minha idéia de passeio aprazível.
O pior foi a empolgação do gerente (não sei se o nome é exatamente esse) da fábrica tentando me explicar todo o processo, sem que eu ouvisse uma palavra do que dizia, pois um 373-800 pareceria um simples carro 1.0 perto da barulheira das máquinas. Balançava a cabeça fingindo ouvir e entender tudo.
O que a gente não faz para agradar aos pais?

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Visitante do dia...Parte XII


Ministro das Relações Exteriores da Tailândia, Kantathi Suphamongkhon. Tente pronunciar!

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Lama!

"Quem foste tu?
Quem és tu?
Não és nada.
...
Se eu errei, se pequei,
Não importa.
Se a esta hora estou morto,
Pra mim morrestes também..."

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Pensamento do dia

Não sou a BOVESPA para você investir em mim.

Visitante do dia...Parte XI.


Depois de muito tempo sem receber visitas, a bandeira de Botsuana tremula no Palácio de Pedra. Quem veio? Nem sinal!

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

II CIAD

Credenciamento fernanda celia pinheiro pestana fiesta othon convento do carmo mr. Taylor diplomatas senegal guiné bissau méxico wangari maathai gilberto gil steve wonder fome gastrite tanzânia 12 horas por dia flavia thais cansaço amigos menina do MDIC ana paula embaixador irritado sala de espera da base aérea formulario união africana filho de embaixador andre leo pablo thiago credenciamento.ciad polícia federal laura chuva família juliana irene eduardo ricardo samambaia boehmia quitutes fabio japa blue tree park manifestação cotas leci brandao markao angola quenia francofonia moçambique cabo verde confusao fotos mariana flavio ivonete lula celso amorim fundação palmares zulu pin presidência da república cerimonial igor penetra solar do unhão UNEB reitoria terreiro de jesus Bahiatursa centro deconvenções van para casa sucatão djalma duarte dip lig ben hur camilo conselheiro "CIAD bom dia" som conferência da família aeroclube iPod villas o que é diáspora diárias muquifo casa rosada feijoada ressaca virose 18 dias em casa óculos nike brasil X frança maria da praia dolce johny walker zico dudu menina da dolce cibele bicudo churraso buraco rafa maria edna atraso TAM saudade...tudo assim sem tempo nem para uma vírgula.

Leia com atenção!

Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve,
e o amor mais breve ainda...

Mario Quintana

domingo, 6 de agosto de 2006

Na mosca!

Frases lidas na entrevista do Pereio na Playboy de agosto de 2006

"Next week, I'll get organized."

"Me amem menos".

Muito bom.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Hours concours

Road trip hours concours: Californian coast (2002) - Me and my beloved family.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Top five road trips

1 - Dinamarca (jul 1992) - Eu e familía Herman;
2 - Campina Grande e Natal (jun 1995) - Eu, Cau e o Bosta;
3 - Arcoverde, Caruaru e Campina Grande (jun 2003) - Família (muita gente)
3 - Rio de Janeiro (fev 1999) - Eu, Cabeção e Barney;
4 - Morro de São Paulo (2000) - Eu, Cara de Casseta, Maronha e Boi;
5 - Lençóis (abr 1996) - Eu, Cabeção, Barney, Milhouse e Dumbo.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Ah se eu agüento ouvir. Parte VI

... e ainda tenho que responder.
Depois de três horas de atraso, o vôo 3564 da TAM aterrissou em BSB proveniente de SSA.
Eu e minha amiga F. vínhamos de missão eventual após trabalhar no Grupo de Trabalho de Organização da IIª CIAD.
A nos esperar, aquela amiga nem tanto amiga assim que volta e meia merece um post.
Minha amiga F. foi deixada em casa a apenas 4 quilômetros do aeroporto. Eu ainda tinha cerca de 20 Km para percorrer com a moçoila. Quero ressaltar que, apesar da boa vontade da gaja de nos buscar às 22:30 no JK, se eu soubesse o que viria, pagaria um taxi com satisfação. Seriam os R40,00 mais bem gastos de minha vida.
Após deixar F., a menina, que é praticamente casada, começou um papo de que um menino do curso dela estava dando em cima dela e que apesar do namorado estar longe e o cara ser "uma graça" (sic), ela nao cederia às investidas do GUERREIRO (assim mesmo, em letras garrafais). Eram 23 h e tudo que eu queria era dormir e aquele papo estava, com sempre, retirando a última casinha do meu "life". A certa altura a rapariga perguntou:
"Posso de fazer uma pergunta?""Se for uma só, já a fez", respodi em tom irônico."Sabe o que é? Eu estou com a auto estima muito baixa esses dias e preciso te fazer uma pergunta."Pensei: "puta que pariu... sempre que acontece algo de bom comigo, uma tragédia de proporções bíblicas acontece em seqüência. Eu sabia que eu não devia ter deixado F. me convencer a não pegar um taxi para casa.""Pode perguntar."" Você ficaria comigo?"Para que a visualização da cena seja perfeita, imagine uma cena em câmera lenta em que minha cabeça vira lentamente, alternada por imagens de um turbilhão de respostas certeiras correndo a toda velocidade pelo meu cérebro...Respondi: "Hipoteticamente?". Quero deixar claro que na hipótese de eu estar preso em uma ilha deserta com um coqueiro, uma macaca e a personagem deste post, a ordem de preferência seria a seguinte: 1 -coqueiro; 2 - macaca; 3 - a rapariga.Toda serelepe, a maluca respondeu: "Claro que hipoteticamente!"Como os dias em Salvador me deixaram de muito bom humor e meu "life" estava quase no fim, respodi que sim.Sei lá, de repente a auto estima dela resolve ir para o beleléu justamente naquela hora e ela resolve incorporar um espírito kamikaze comigo dentro do carro... Achei por bem (meu bem, é claro) não dizer a verdade.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Confession

Voltei para o Orkut... Por que? Ainda não sei. Quando souber, prometo dizer o porquê.
Mais adiante: as super aventuras de um baiano perdido em Salvador.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Sofrer menos

Não tem jeito. Existem coisas que simplesmente fogem da nossa esfera de controle. Coisas que não dependem da nossa vontade; da física das nossas possibilidades de ações. Sofrer é uma delas. Custo a acreditar que alguém sofra pelo prazer de sentir-se vivo. Deve haver gente que gosta do sentimento doloroso do sofrimento. Porém, acho mais provável que alguém queira sofrer para alcançar outro estágio evolutivo. Sim, sofrimento é um caminho para o crescimento (desculpem, não pude evitar a rima) pessoal. Sofrer é parte importante (não sei o quanto) da descoberta de coisas novas. Sofrer ajuda a criar expectativas novas, novos rumos e projetos. Colocá-los em prática é difícil e laboroso, mas, uma vez feito, é libertador. Mas voltemos ao problema da falta de domínio sobre o sofrimento. Quem não quer ou não gosta de sofrer, seja por amor ou outras angústias menores, pode procurar um caminho alternativo: escolher sofrer menos! Isso podemos fazer. Podemos, nas infinitas possibilidades de ações que estão ao nosso alcance, escolher aquelas que resultarão mais alegrias e menos angústias. Podemos escolher nos afastar a nos aproximar; Salvador a Darfur; um dia na praia a um na chuva; rock and roll a funk carioca. É a única coisa que podemos fazer. Não vai acabar com a dor, mas vai encurtá-la e ajudar a ir "além do que se vê".

terça-feira, 20 de junho de 2006

Ah se eu agüento ouvir. Parte V

Ontem, Croácia X Japão na Globo.
Em dado momento, os jornalistas que trabalhavam no jogo utilizam o tira-teima para indicar a posição do juiz no lance em que marcou uma falta contra o Japão:
"Observem que o juíz estava a 22 metros do lance. O que você achou, José Roberto Wright?"
Wright responde:
"Realmente, Roberto, não era a TEMPERATURA ideal."
Diante de tamanho constrangimento, nem esperei ele consertar a besteira que falou e mudei para o SporTV.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Visitante do dia...Parte X


Ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Oluyemi Adeniji

terça-feira, 13 de junho de 2006

Visitante do dia...Parte IX


Presidente eleito do Peru Alan García.
Alan García llama sinvergüenza a Hugo Chávez;
Hugo Chávez llama sinvergüenza a Alan García.
Much ado about nothing...

Visitante do dia...Parte VIII


Ministro das Relações Exteriores do México, Luis Ernesto Derbez.

Daqui a duzentos anos

Não gosto de ir ao teatro. Podem me chamar de filisteu, mas simplesmente não gosto. Acho que se algum ator esquecer o texto no meio da peça, vou ficar tão constrangido quanto ele. Não gosto de situações constrangedoras e, por isso, não vou ao teatro com frequencia. Ontem, liguei para A. e ela me convidou para assistirmos a uma peça no Teatro da Caixa. Fui. A compania era boa, despi-me de qualquer preconceito e fui ver "Daqui a duzentos anos". São três contos (Brincadeira, O Amor e O Caso do Champanhe) de Anton Tchekhov sobre o amor e relacionamentos. Muito bom. Dos atores, somente conheica um: Luis Melo. Não vou fazer qualquer tipo de interpretação rasteira sobre a peça, porque não me sinto à vontade de escrever sobre assuntos que não domino.
Minha amiga L. sempre gosta de terminar seus emails com uma frase de G. Rosa que diz algo como "Felicidade se encontra em horinhas de descuido". Estava entediado em casa e fui fazer um programa que a mí no me apetece. Voltei para casa com a sensação de que deveria ir mais ao teatro.
Para quem quer ler crítica especializada sobre a peça e uma entrevista
com Luis Melo:
http://vejinha.abril.com.br/materias/conteudo_12520.shtml

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Luto


Moreu hoje, de complicações renais, Billy Preston. Quem? Simplesmente o cara que era considerado o "quinto" Beatle. Preston tocou piano no disco "Let it Be", além de outras participações em "The White Album" e "Abbey Road". Na época em que os Beatles estavam no auge de sua crise relacionamento, a presença de Billy no estúdio foi como um apaziguador de egos e ânimos ariscos e os Beatles realizaram mais uma obra prima. Billy ainda tocou com outro gênio: Eric Clapton em seus últimos discos e turnês.
Pegou-me de surpresa. Pena.

Eager to fly

...pensando bem, estou melhor, sim.
"And I leave behind,
this hurricane o fucking lies."

terça-feira, 6 de junho de 2006

Enquanto isso o que rola no iPod

Queens of the Stone Age;
Gnarls Barkley;
Hoverphonic; e
The Beatles (sempre!)

Learning to fly

"Estou achando que você está bem melhor. Você não acha?"

Foi o suficiente para eu pensar no assunto e constatar que não. Não estou melhor.

A soul in tension that's learning to fly,
Condition: grounded, but determined to try


Pink Floyd

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte V

Acabei de receber um telefonema:
"Senhor Fábio, estou ligando do consultório da Dra. M. para confirmar a endoscopia amanhã às 9:40h."
"Tudo bem. Está confirmado"
"O senhor deve vir acompanhado, em jejum de 10 horas e não pode tomar nenhuma medicação antes do exame."
"Já sei."
"Então, marcado".
Sem perceber, disse:
"Obrigado. Até amanhã. Beijo."
Muito sem graça, a atendente respondeu:
"ahãã...outro. Tchau."
Só eu mesmo com minha habitual falta de noção.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Visitante do dia...Parte VII


Presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso. Barroso é o Primeiro Ministro Português e já foi Ministro da Relações Exteriores da nação de Camões. Nota triste: apoiou a invasão ao Iraque.

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Visitante do dia...Parte VI


Ministro das Relações Exteriores do Chile, Alejandro Foxley.

terça-feira, 30 de maio de 2006

The curse

"The last thing I need is you,
And your black-and-white-views,
Pushing me over,
Making a bad day worse.
What are you, a curse?"

Hooverphonic

It's my own personal devil. Depois conto mais.

sábado, 27 de maio de 2006

Nós e os filisteus

Não tem jeito: quando vejo um filme que me traz algo mais que apenas diversão, vejo-me compelido a escrever um pouco sobre o assunto.
O filme: A Lula e a Baleia (The Squid and the Whale, USA 2005);
O diretor: Noah Baumbach (Vida Aquática, Hamlet)
Trata-se de um drama psicológico que retrata a vida de uma família de escritores americanos e seus dois filhos: um adolescente e um pré-adolescente. Não vou fazer análise do filme que é ótimo e recomendo vivamente. O post é sobre algo que me marcou no filme.
Certa altura da fita, o pai faz um comentário sobre o novo namorado da ex-esposa:
"Não creio que seja nada sério. Ivan é um filisteu."
"O que é um filisteu, pai?"
"É uma pessoa que não gosta de bons livros e filmes interessantes."
Foi exatamente este momento do filme que me pegou desprevenido.
Filisteus são tratados na bíblia com sendo um povo bárbaro. O dicionário também não foi muito gentil com esse povo que se instalou na região palestina: filisteu significa brutamontes; burguês de espírito vulgar e estreito.Gostei da definição dada pelo personagem de Jeff Daniels. Fez pensar um pouco mais sobre o que alguns amigos (três, para ser mais exato) em um espaço de tempo relativamente curto comentaram comigo. Eles, em uma espécie de desabafo sobre os seus companheiros, confessaram-me sobre a dificuldade de conviver com pessoas de nível cultural menos denso do que a imensa bagagem de conhecimento que carregam no dia-a-dia. Conversar sobre certos assuntos que nos despertam interesse imediato é , na maioria das vezes, impossível. Outras vezes, sentimos que o tema é discutido superficialmente. A sensação de que falta algo a ser dito é constante.
Conversar sobre aquele livro maravilhoso que já leu e aquele filme independente é "falar grego". Recorremos aos amigos para este tipo de coisa. Porque amigos escolhemos e amores, não. A resposta que eu dei aos três: o ideal seria que pudéssemos discutir densamente sobre os últimos livros de Saramago e João Ubaldo (que, por sinal, está devendo), sobre o mais novo filme de Bertolucci ou o porquê do plebiscito na Sérvia e Montenegro. Mas "dura reale, sed reale". Não podemos exigir que as pessoas com as quais convivemos tenham o mesmo conhecimento sobre o mundo que nós temos, nem muito menos vamos azarar os membros da ABL. Devemos atentar também para o fato de que, ao olhar de outros, também possamos parecer filisteus. Faz parte de um relacionamento aprender com a (o) parceira (o). Apresentar coisas novas que não faziam parte da realidade da (o) outra (o) pode despertar o interesse para algo desconhecido. Aprendemos, sim, com os filisteus. Aprendemos coisas que podem parecer simples, mas são igualmente importantes. Relacionamento é isso: penetrar e conviver com o mundo que não é, muitas vezes, o mesmo no qual você habita. Tente. Pode ser que você goste.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

Visitante do dia...Parte V



Monsiuer le Président Jacques Chirac.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Rindo de que?


Quadro 1 - John: " I had that falling dream again."
Quadro 2 - John: "You know the one where I fall?"
Quadro 3 - John: "I woke up before I hit the bottom, though."
Quadro 3 - Garfield: "That's one man's opinion."

Visitante do dia...Parte IV


Hoje, tremula a bendeira haitiana por aqui. Há uma reunião Ministrerial sobre o país, mas não há indpicios de quem esteja por aqui. Pelo menos na Intratec não há qualquer indício.

terça-feira, 23 de maio de 2006

Nesnesitelná Lehkost Bytí

"O amor entre ele e Tereza certamente era belo, mas também cansativo: era preciso sempre esconder alguma coisa, dissimular, fingir, retificar o que dizia, levantar-lhe o moral, consolá-la, provar continuamente que a amava, suportar as reprovações do seu ciúme, de seu sofrimento, de seus sonhos, sentir-se culpado, justificar-se e se desculpar." P.40

Da Vinci e seu Código

Sábado fiz algo que há muito não fazia: fui almoçar no shopping e depois peguei a primeira seção de um filme badalado. O Código Da Vinci. A seção das 13 horas não estava vazia, mas longe de superlotada. Li o livro há mais ou menos uns dois anos. Na época não me impressionei muito. Achei que todo o barulho que o livro estava causando era um pouco exagerado.
O filme, dirigido por Hon Howard (Ciderella Man, A Beutiful Mind, Willow), não é tão monótono quanto o livro. As cenas de ação são constantes e as atuações não comprometem o ritmo do filme. As cenas de época são bem feitas e o roteiro resume bem o livro. Vale o ingresso? Vale, mas podem perder as esperanças: não vai ser tão badalado quanto o livro.
Ah, palmas para Paul Bettany (Wimbledon, Dogville) que atua com esplendor na pele do fanático vilão Silas.
Sei não. Fico com a história do Santo Graal e do Cavaleiro Templário mostrada em Indiana Jones e A Última Cruzada. Bem melhor.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Hein?


Essa aconteceu com um amigo meu há um tempo.
O rapaz ficou na final de Direito Comercial e pediu um livro emprestado a um amigo:
"B., me empresta aquele livro de Comercial?"
"Claro. Quando eu sair para o trabalho eu passo aí."
"Ok, valeu!"
Acontece que surgiu uma emergência e meu amigo precisou sair. Como não conseguiu comunicar-se com o colega que irira emprestar-lhe o livro, deixou um recado com a avó:
"Vó, B. vai passar aqui para deixar um livro de Comercial. Eu vou precisar sair e a senhora diz a ele que é para deixar o livro na portaria que depois eu pego."
"Tá bom, meu filho, eu dou o recadou.
Sabendo com quem estava lidando, meu amigo pediu:
"Vó, repita aí o o recado..."
"É para dizer ao B. que você vai viajar e que é para ele comprar sua passagem. E não é de Leito. É de Comercial".
Sem pestanejar, meu amigo arrematou:
"Isso mesmo, Vó. Mas quando B. aparecer a senhora chama o meu Vô para dar o recado."
Isso é que é ADD!
Não entendeu?
www.add.org

terça-feira, 16 de maio de 2006

Visitante do dia...Parte III


A Ministra dos Negócios Estrangeiros da Tanzânia, Asha-Rose Migiro. É verdade! A pergunta é: o que é que ela veio fazer aqui? Será que veio negociar a nacionalização dos pés de café? Virou moda...

sábado, 13 de maio de 2006

Devassa!

Não adianta. Todos nós temos um segredinho. Todos! Algo que nos faz tremer só em pensar que as pessoas desconfiem do nosso passado negro. Segredos que faria o de Brokeback Mountain parecer uma coisa boba de adolescentes. “Ninguém agüenta trinta minutos de devassa” disse um amigo meu esses dias. Eu digo que a maioria das pessoas não agüentaria trinta segundos. Somos cruéis. Somos capazes de ferir até quem a gente ama. Somos, também, incrivelmente cínicos e dissimulados, pois, não pestanejamos em criticar ou debochar de um infeliz, mesmo sabendo que na nossa ficha corrida constam delitos até mais graves.
Mas sempre há uma esperança: a bandeira da Paraíba está aí ser empunhada!

quarta-feira, 10 de maio de 2006

...

I don't know how someone controlled me
They bought and sold me....
I don't know how

I was diverted
I was perverted too
I don't know how I was inverted
No one alerted me...
Still my guitar gently weeps...


Letra original: http://vagalume.uol.com.br/the-beatles/while-my-guitar-gently-weeps.html

terça-feira, 9 de maio de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte IV


Após perder o celular em pleno Morumbi no show do U2, tive que adquirir outro. Escolhi um modelo da Motorola com boa memória para MP3, bluetooth, entre outras coisas idiotas que todo idiota quer ter. Não foi barato. Uma semana depois, o celular começa a dar problema. Fui a assitência técnica autorizada (autorizada a dar raiva aos clientes, só se for) e o celular ficou por lá exatos trinta dias. No último sábado, fui resgatá-lo. Quando cheguei em casa, liguei o celular e ele estava, pasmem, com o mesmo problema... Voltei à assitência técnica autorizada (autorizada a ser incompetente, só se for):
- Senhor, estaremos dando entrada no celular novamente para que o técnico esteja analizando o problema.
Nunca senti tanta raiva de ouvir essa coisa horrenda que virou mania entre operadores de telemarketing: o gerundismo. Incrível como ouvir alguém falar desse jeito me causa um mal-estar pior do que ressaca de gim tônica.
- Eu quero saber como isso pode acontecer...Vocês ficaram com o celular um mês, mandaram um telegrama dizendo que o celular estava pronto.
- Senhor, estaremos dando entrada no celular novamente para que o técnico esteja analizando o problema.
- Eu já entendi...Eu só quero uma explicação de como algo tão incrível pode acontecer.
- Senhor, estaremos dando entrada no celular novamente para que o técnico esteja analizando o problema.
Nem Miriam Leitão (Jumenta) é tão repetitiva....
Desisti e fui para casa. Deveria ter comprado um Nokia.
Eu dei a idéia de jogar cocô e não pedra na cruz, tenho certeza.

sábado, 6 de maio de 2006

Parte II da Parte II

A razão da bandeira da Alemanha no Palácio de Pedra é a visita do Ministro do Exterior daquele país, Senhor Frank-Walter Steinmeier. Ontem, na Intratec, não tinha nada. O Ministro alemão tem um encontro com o nosso Chanceler (termo que na Alemanha designa o representante de governo), com direito a almoço na sala Rio de Janeiro.

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Visitante do dia... Parte II


Hoje, tem uma bandeira da Alemanha tremulando em frente ao Palácio de Pedra, mas não sei qual o alemão que está por aqui. Não deve ser alguém importante, pois nem na Intratec há sinal de quem seja. Pense num cara sem moral.

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Coisas que eu odeio... Parte IV

Odeio mensagens em PPS. É muito chato. Diariamente meu email é invadido por mensagens que falam de amizade, que somos importante para os amigos e o quanto Jesus nos ama. AHHHHHHHHHH! Geralmente, recebo-as de uma colega de trabalho da qual gosto muito, mas a dezena de mensagens diária que recebo me deixam meio que sem muita paciência. Nem as leio mais. Simplesmente as deleto. Vou para o inferno, eu sei, mas "hell ain't a bad place. Hell is from here to eternity".

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Visitante do dia.


Quase todos os dias, bandeiras tremulam ao lado da bandeira nacional e a do Mercosul aqui no Palácio de Pedra. Relatarei quem são visitantes, a que país pertecem , além de alguns comentários.

Presidente da Colômbia Alvaro Uribe.

É pra você mesmo!

Estou começando a achar que essa obsessão é paixão, viu? E não se meta comigo!

sábado, 22 de abril de 2006

Terceira Capital


Parabéns, Brasília! 46 anos. Cidade que adotei como minha. Sou brasiliense, mesmo que só de coração.

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Extra, extra! Parte II


A página inicial do Terra mais parece aquelas revistas de fofoca que vivem das derrapadas alheias e que servem para que as “personalidades” brasileiras saiam do estaleiro e contem um pouco de sua vida vazia. É ridículo. Dêem uma olhada. Há algum tempo, deparei com uma estória interessante sobre a travessura de um americaninho de 12 anos que colou um chiclete em um quadro em Detroit. Novamente o Terra deu destaque à notícia. Vejamos:
Chiclete estraga quadro de US$ 1,5 milhão
Um garoto de 12 anos estragou um quadro de US$ 1,5 milhão em Detroit, no noroeste dos Estados Unidos. O menino grudou no quadro "A Baía", pintado em 1963 por Helen Frankenhalter, um chiclete mastigado, da marca Wrigley's Extra Polar.
O quadro abstrato comprado pelo Instituto de Artes de Detroit em 1965 ficou com uma mancha química do tamanho de uma moeda. Os restauradores ainda estão procurando uma substância que possa dissolver o chiclete e esperam devolver o quadro à exposição em duas semanas. Como punição pelo estrago milionário, o garoto foi suspenso da escola.
A meu ver, a punição foi deveras rigorosa. O quadro é horroroso. “The Bay”? Só se for a de Guanabara para ser tão poluída. Mais um ponto para o garoto.

Para mim, o desperdício foi do chiclete.
O incrível é que o chiclete está sendo vendido no e-bay com direito a fotos da arma do crime. Não posso autenticar a genuinidade do produto, mas o lance do chiclete mastigado já está em US$ 2,00. Para mim, vale mais do que esse quadro horrendo.
Em tempo: o nome da pintora é Helen Frankenthaler e não com está escrito na matéria do Terra. Não agüento. Vou assinar o Uol.

Ah, se eu agüento ouvir...Parte IV

Acho que os namorados de meus ex-casos/namoradas têm especial atração por minha pessoa. Hoje ouvi de minha amiga F.:
“Sabe que F. não para de falar de você?” (namorado de uma pessoa que prezo bastante)
“Como assim não para de falar de mim? Fala mais sobre mim do que a Fátima Bernardes do Marcos Pontes?”
“Fala de você dia, sim; dia, não”
“Tô fudido...”
“ F. P. disse-me que ele está obcecado pelo assunto.”
“Mas fala o que de mim?”
“Ele acha que você ainda é uma ameaça para ele.”
“Eu mereço. Mereço mesmo.”
Ou o sujeito não tem muito o que falar ou essa obsessão começa a me preocupar. Conheço a figura. Fez prova do IRBr na mesma sala que eu. Do meu lado. Eu e minha amiga F. , pela qual o sujeito também não nutre admiração especial, procuramos ficar, a todo tempo, perto do gajo para poder desestabilizá-lo na hora da prova. Deu certo. O rapaz passou...longe. A moçoila, que também se chama F., já passou poucas e boas com o rapaz, ficou comigo durante um tempo e, por razões diversas, tudo não passou de uma grande amizade. Um dia, nos viu juntos. Foi o suficiente para me odiar para o resto da vida. Nada como o poder de abalar as pessoas...Estou começando a gostar da coisa.É, começo a achar que as mulheres com as quais eu me envolvo, depois de mim, desenvolvem especial atração por psicopatas. Começo a me preocupar...

quinta-feira, 13 de abril de 2006

Ah, se eu agüento ouvir...Parte III

Sabe aquela amiga-nem-um-pouco-amiga que insiste em ler o meu blog? Outro dia veio com uma conversinha mole:

"Você deveria ter um blog. Iria ser muito bom para você que muito tímido. É muito bom escrever. Assim, você se solta um pouco...."

Imaginem minha cara de puta-que-pariu-eu-mereço!

Parênteses: Ela sabe que eu tenho um blog e arma o maior mis-en-scene para criar em mim um sentimento fraterno e compartilhar com ela meus escritos. Digo: são raros os meus momentos de Dr. Jekyll. Não compartilho nada com qualquer pessoa. É dfícil ser parte do meu "circle of trust".

Primeiro: não sou tímido. Sou reservado. Não dou muita bola para quem não acho interessante. As pessoas confundem timidez com acho-vacê-um-saco-e-por-isso-não-vou-perder-o-meu-tempo-conversando-com-você;

Segundo: não sou oligofrênico ao ponto de cair na conversinha mole da gaja. Não adianta.

Outro dia, mandou o link para o blog dela (outra tentativa, inútil, é claro, de me convencer a compartilhar meus escritos).

Tenho que admitir, a menina é insistente. Mas também tenho pouca paciência pra pessoas insistentes.

Simplesmente disse a ela que tinha tirado o blog do ar. Acho que adiantou. Ela parece ter desistido e nunca mais me indagou sobre o assunto. Ufa!!!

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Pegadas nas nádegas. Parte II

Como escrito em post anterior, se achasse outra música que falasse de chute na bunda iria ser devidamente publicada. Achei. Em espanhol. É de um cantor colombiano chamado Juanes.

La camisa negra – a canção, para variar, fala de um amor perdido, de uma paixão que o faz vestir uma camisa negra porque seu amor está de luto. Tem trechos interessantes, dos quais o melhor é: Tengo la camisa negra, ya tu amor no me interesa; lo que ayer me supo a gloria hoy me sabe a pura MIERDA! Outra parte interessante é quando o compatriota de Shakira diz: qué maldita mala suerte la mía que aquel día te encontré.

Sugiro imprimir o trecho em letra 22 e colocar em um lugar no qual você possa lê-lo pelo menos quatro vezes ao dia. Vai ajudar na recuperação do chute bem dado na bunda. Pelo menos foi um chute e não uma mordida de um fila brasileiro. Mas isso já é outra estória.

quinta-feira, 30 de março de 2006

Cuidado, senão você dança.

"Run, Devil, run! The angel is having fun making winners out of sinners, better leave before his done.
When he gets through, he'll be coming after you. Listen what I'm saying to you: run, Devil, run!"

Primeira Capital


Parabéns, minha cidade linda! 457 anos! Sempre digo que Salvador tem todas as desvantagens de uma cidade grande e quase nehuma das vantagens. Na realidade, pensar que algo não é tão bom ajuda a não sentir tanta falta.

terça-feira, 28 de março de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte III

Nunca ganho nada. Nem em bingo de igreja eu consigo ganhar algo.
Qual não foi minha surpresa ao receber um email do La Gioconda anunciando que eu tinha ganhado 50% de desconto (quando quanho, só ganho metade) em um jantar. Ótimo. Jantar composto de entrada, dois pratos e sobremesa. Não me importo com a sobremesa. Nunca como.
Acontece que a entrada é: Cogumelo Paris gratinado com gorgonzola e salada verde. Eu odeio cogumelos de qualquer tipo. O primeiro prato: Gnocchi de abóbora com perfume de laranja ao molho de tomate picante, harmonizado com vinho português. Abomino gnocchi de batata. O de abóbora nunca nem vi, mas passo. Fácil.
Nem quis ver o segundo prato para não passar mais raiva.
Nem de graça.
É sempre assim: mesmo quando eu ganho, não levo.

quinta-feira, 23 de março de 2006

Mote


Everybody's got something to hide...even me and my monkey!
Nao entendeu? Clique abaixo:

http://vagalume.uol.com.br/the-beatles/everybodys-got-something-to-hide-except-for-me-and-my-monkey.html

Por isso, empunhemos a bandeira da Paraíba!


Até a morte!

sexta-feira, 17 de março de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte II

Depois de acordar cedo por nada, fui ao médico e ele me pediu um exame de sangue...
Paguei R$ 670,00 em um exame de sangue. Não, não coloquei um zero a mais. Paguei seiscentos e setenta reais em um exame de sangue!!!!!!
Por esse preço, espero que façam um mapeamento completo do meu DNA. Acho que estou financiando o projeto Genoma.
Eu mereço. Mereço mesmo!

quinta-feira, 16 de março de 2006

Coisas que só acontecem comigo...Parte I

Voltei mais cedo do chopp com meu amigo Kirisoré porque teria aula de economia às 7:00 da madrugada. Os meus argutos colegas de classe simplesmente não se preocuparam em me ligar...

Saí de casa às 6:45 e liguei para um dos oligofrênicos para saber qual a sala do BSB Shopping eu deveria me dirigir. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que a aula foi mudada para as 20:00?

" A aula mudou. Você não viu o email?" É nessas horas que as perguntas mais imbecis aparecem feito Pop up para que a raiva se intensifique.

"Claro que não vi! Se tivesse visto, não acordaria tão cedo, filho de uma quenga torta!"

Tudo bem: Deus ajuda quem cedo madruga. Dirigi-me à padaria mais próxima para tomar um suco de laranja e planejar sossegado o homicídio de meus colegas logo mais. Lembrei que hoje é o aniversário de uma das oito moçoilas que trabalham comigo. Resolvi comprar presunto e pães para tomarmos café todos juntos no Palácio de Pedra.

"Duzentos gramas de presunto, por favor." Requisitei ao empregado da padaria enquanto decidia se explodiria a sala com os colegas dentro ou se provocaria um incêndio no Shopping durante a aula e trancaria todos na sala.

"Hahahahaha! Duzentos gramas...hahahaha! Você não quer DUZENTAS gramas, não?", retrucou Professor Pascoale disfarçado de atendente de padaria.

" Desculpe. DUZENTAS gramas de presunto, por favor" Ia adiantar explicar a ele que ele faltou à aula de portugûes na qual a professora explicou o assunto?

Descobri porque volta e meia nos deparamos com notícias como: "Jovem mata treze com metralhadora nos EUA".

É que em cada cidadezinha americana, assim como na 104 Norte em Brasília, tem um atendente de padaria metido a sabichão...

terça-feira, 14 de março de 2006

Filosofia de mesinha de estudo.

Vi uma frase interessante no último sábado enquanto queimava neurônios na UnB:

"Enemies make the most interesting friends"

Procurei no google o autor da frase e não achei. Nao deve existir, pois não está no Google, não existe. Simples assim. Se você colocar seu nome no google e não aparecer nada, você não existe! Não tem identidade. Procure seus pais para saber a verdade. Se é que seus pais de existem de verdade...

Anyway...

Não é uma frase cuja reflexão vai fazer um bem incomensurável para a humanidade, nem vai ser tema de um Roda Viva, mas, no mínimo, faz-nos perder alguns segundos pensando nisso. Só alguns segundos. Nada mais que isso, por favor.

É foda: não tenho o que escrever e fico escrevendo besteira.

E a Representante do Brasil junto à Comunidade Européia esperando a resposta do telegrama sobre uma permuta de um veículo oficial...

quarta-feira, 8 de março de 2006

Ah, se eu agüento ouvir...Parte II.

Domingão...preocupado com prova de espanhol da segunda...ansioso para dar minha primeira aula sobre o patrimônio para uma turma de diplomatas...assitindo à TV sem parar em canal algum...enjoado devido à bebedeira do dia anterior e a comida chinesa do almoço...um pouco de febre pela manhã... recebo ligação do namorado de minha ex-noiva, a qual deixei há quase um ano, perguntando se eu tinha ligado para ela...ela tinha recebido uma ligações de Brasília no dia anterior (eu acho) e ele achou que tinha sido eu...

Respondi, educadamente, como mamãe ensinou, que se essa era a maior de suas preocupações, que ele poderia dormir tranquilito. A resposta dele:
- Esperamos acreditar na sua história.
Será que o rapaz trabalha com telemarketing? Sei que nao trabalha, mas daria um ótimo operador de telefonia.
Pergunta: que tipo de sujeito liga para uma pessoa domingo à tarde para fazer uma pergunta dessas?
a) Inseguro;
b) Infantil;
c) O tipo de pessoa que nao tem o que fazer;
d) Medroso;
e)Covarde, pois só tem coragem de falar pelo telefone;
f) Burro, pois se sabia que o prefixo é de Brasília, sabia também o número que ligou;
g) Todas alternativas anteriores.
Seria hilário se não fosse tão ridículo. Pelo amor de Deus! Ah, se eu agüento uma coisa dessas! Será que sou tão poderoso assim que provoco disturbios emocionais nas pessoas mesmo a mil milhas de distância?

Mas eu mereço. Como diz minha amiga F..., estava todo mundo quieto e eu resolvi dar a idéia de jogar pedra na cruz.

sexta-feira, 3 de março de 2006

Conto. Parte VI


Já era quase meia-noite quando Vinícius, aquele que considerava um dos seus poucos amigos em Brasília, chegou e foi logo pedindo uma dose dupla de Cutty Sark. Vinícius é uma cara pacato e trabalhava na redação do Correio. Nasceu no Rio, mas estava em Brasília há mais tempo do que era capaz de lembrar. Estava, apesar da pouca idade, sendo cotado para o cago de Redator-Chefe do periódico. Andava nervoso, confuso e cansado da rotina jornalística, mas não podia perder a oportunidade. Trabalhava quase 16 horas por dia e sua resistência estava no limite.
“Vai com calma”, afirmou ele.
“Como vai amigo?”
“Eu que pergunto como vai você? Descobriu que você é adotado e foi molestado pelo caseiro quando pequeno?”
“Engraçado como você acha que consegue ser cômico”, disse e, em seguida, tomou de vez a dose dupla do scotch.
“Diga o que aconteceu, Seinfeld.”
“Fui conversar o tio Ruy sobre meus planos de casar ainda esse ano, que a Andrea estava ameaçando me deixar caso não entrasse no altar até o dia 31 de dezembro..”
Tio Ruy é uns 15 anos mais velho que Vinícius e uma espécie de guru para assuntos que não importavam muito: relacionamentos e vida profissional.. Ruy foi criado pelo pai de Vinícius e tornou-se uma espécie de irmão mais velho.
“O que ele disse?”
“Eu perguntei a ele o que ele achava, e sabe o que ele me respondeu?”
“O que?”
“Tanto faz....”
“Que tipo de conselho é esse?”
“Disse que tanto faz, que eu vou me arrepender de qualquer jeito. Casando ou não, eu vou me arrepender. Se casar agora vou me arrepender e se perder a Andrea também vou...”
“Porra. Tenho que admitir, o cara sabe das coisas”.
“É. O filho da puta está certo. É foda quando as coisas parecem não ter jeito, mesmo quando as opções são muitas. Lembra daqueles livrinhos que vendiam no final da década de 80 que você podia escolher que direção tomar entre algumas opções que o livro oferecia? Não importa qual o caminho tomado, às vezes, você se fudia por causa de uma decisão tomada antes Odiava aquela porra, mas li todos. Sempre dava um jeito de me dar bem, mas na vida é diferente. Não posso voltar atrás e pegar um outro caminho para me dar bem na frente. O livrinho que conta a história de minha vida só tem opções nas quais eu me fodo”
“Nossa. Vai escrever uma novela mexicana sobre sua vida? Esquece. Vamos beber. Sabe aquela maluca que é amiga da Vivi? Aquela que está louca para me dar?”
Vinícius acenou positivamente com a cabeça.
“Tá aí.”
“Coma.”
“Não quero. Ela vai grudar. Eu tenho certeza. Não quero ter que ser grosso com ela. Sei que no dia seguinte foi expulsá-la de minha casa. Tenho isso. No outro dia não vou querer olhar para a cara dela.”
“Você é viado...”
“Engraçado como você acha que consegue ser cômico”, retrucou ele.

Conto. Parte V

Simplesmente não queria nem ao menos beijar a garota. Sabia do interesse dela e pensou até em ir embora, mas quando o DJ colocou na vitrola “It’s a long way to the top (if you wanna rock and roll)” do AC/DC, da bolacha High Voltage, primeiro LP da banda australiana lançado mundialmente, resolveu apreciar a cerveja gelada e a boa música. A voz de Bonn Scott o fez esquecer da moça oferecida quase que instantaneamente.

Extra! Extra!

Saiu no Terra:

"Menino cola chiclete em pintura de US$ 1,5 milhão"
Um menino de 12 anos que visitava o Instituto de Artes de Detroit com um grupo da escola, na sexta-feira, colou seu chiclete sobre uma obra que está avaliada em cerca de US$ 1,5 milhão, informou o jornal local Detroit Free Press. A goma de mascar deixou uma mancha do tamanho de uma moeda de 25 centavos de dólar no canto inferior esquerdo da pintura "The Bay" (a baía), de Helen Frankenthaler"

E eu pensando que matar aula, roubar coco e invadir a casa da vizinha para ver ela pelada eram travessuras. Eu era um santo do lado desse filho de satã...

Mas ponto pra ele. Cara-de-pau das mais bem esculpidas.

sábado, 25 de fevereiro de 2006

A quem interessar possa.

"Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama ou acha que ama, e que não quer nada com você, definitivamente, não é a pessoa da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você..!"

Mário Quintana

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

O Ministério da Saúde adverte

“Eu fui fazer um samba em homenagem à nata da malandragem, que conheço de outros carnavais. Eu fui à Lapa e perdi a viagem, que aquela tal malandragem não existe mais. Agora já não é normal, o que dá de malandro regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial, malandro candidato a malandro federal, malandro com retrato na coluna social; malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se dá mal. Mas o malandro para valer, não espalha, aposentou a navalha, tem mulher e filho e tralha e tal. Dizem as más línguas que ele até trabalha, mora lá longe chacoalha, no trem da central.“
Resolvi começar este post com a letra de uma música do cara que, na opinião de especialistas, é o compositor brasileiro, quiçá em todo o mundo, que mais entende a alma feminina.
Essa música, no entanto, não fala das mulheres, mas sim da indignação que Chico sente ao constatar que hoje todos são malandros e que a “tal malandragem” clássica, folclórica e típica do Rio de Janeiro do início do século XX já foi pro beleléu há muito tempo. Também estou indignado, mas minha revolta não é causada do fim da malandragem. É por causa do uso da malandragem rasteira usada por pessoas repulsivas que insistem em achar que toda mulher é burra e nasceu ontem. Este post não é sobre Chico; é sobre um sujeito de natureza antagônica à de Chico Buraque de Holanda. Um analisa, entende e decifra a alma feminina; o outro subestima, procura entender e nada consegue compreender.
Nos corredores do MRE transita diariamente um sujeito que, para mim, é uma mistura do “malandro de gravata” com o decadente Francisco Cuoco. Explico. O sujeito acha que é a coisa mais atraente que já andou na litosfera do pequeno planeta azul; como se cinco dos seis dias da criação fossem dedicados à sua figura. E o pior é que ele realmente acredita que tudo isso é, mais que uma verdade, um axioma; mais verdadeiro que a afirmação de que a menor distância entre dois pontos é uma reta. Não me incomodaria com a presença abjeta desse sujeito se ele não insistisse em falar comigo todos os dias como se fosse meu amigão e não ficasse amolando minha amiga F... com sua conversa chata. Mas minha amiga não é estúpida - embora ache que ela deveria ser muito mais grossa do que ela é - e cada vez que ouço suas histórias, mais pena eu sinto do rapaz. Se eu denunciar, capaz do Ministério da Saúde tatuar na testa dele: “O Ministério da Saúde Adverte: ficar a menos de dois metros de ... pode causar terríveis distúrbios intestinais, câncer e impotência sexual.” O mais hilário é que o rapaz sai repitindo aos quatro ventos que não presta e que ainda não conseguiu achar a mulher que vai endireitá-lo. Diz isso como se fosse atiçar o imaginário feminino e todas se sentissem atraídas pelo desafio de conquistá-lo. Eu digo: nem Pitanguy consegue ajeitá-lo.
Sabe aquele sujeito tosco, nojento, grudento que quando encontra a mulhereda, dá um sorriso “matador”, diz: “Como vai, fofa?”, sapeca um beijo bem estalado na bochecha da sirigaita e sai achando que ela suspira devido à sua presença mercante, delirante e alucinante (na cabeça dele, é claro). Nem canalha ele consegue ser. Mulheres sabem que não é muito difícil para um homem ser canalha. É algo quase que natural; vem de fábrica. Não é acessório ou sujeito a fatores sociais que influenciam na atitude do homem. Quando o cara é tão caricato que nem ser canalha ele dá conta, cai no ridículo. É uma queda longa e o sujeito sobre o qual destilo toda a ira de Mister Hyde parece não vai parar de cair nunca.
Tão ridículo e degradante quanto uma música chamada “Knife”, de Rockwell. Seria a trilha sonora perfeita para sua vida. Quem puder, a música está disponível no cd “As 30 melhores da Antena 1. Sinta o naipe do indivíduo. Mas o aviso: ouvir a música pode causar a mesma sensação de náusea que é causada quando o sujeito aponta no horizonte. É sensação nada agradável. Garanto.
Peguei pesado, mas ele também pegou pesado quando resolveu nascer