quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Do ataque ao meio campo

Alertem os hospitais e médicos ortopedistas de plantão: este que vos escreve vai participar de torneio de futebol depois de quase quinze anos. Trata-se de campeonato com nome imponente (ADIDAS DDSIL CUP), organizado por expatriados e indianos apaixonados por futebol (raríssimos). São 22 times, divididos em 2 grupos de 5 e 2 de 6 times. Já até tinha abandonado a carreira de jogador e começado carreira de assistente técnico na esperança de que um dia pudesse viver do futebol, sonho de criança de todo brasileiro, que vai sumindo à medida que o bom senso dos pais resolve aparecer e demandar a preferência dos estudos ao esporte bretão. Minha primeira experiência fora das quatro linhas foi em torneio da Delhi International Football League, na qual garotos e garotas entre 5 e 15 anos, divididos de acordo com a faixa etária, jogam com virtuosa alegria cada partida. Foi gratificante. Tascamos o segundo lugar e o troféu e a medalha hoje fazem parte do meu panteão de vitórias (junto com a medalhinha que ganhei ao participar de excursão pelo estádio do Chelsea). Mas não quero levar crédito pela campanha do time. Afinal, passei mais da metade do campeonato fora de Delhi e só acompanhava o resultado das partidas pelo bem atualizado site da Associação É bem verdade que minha carreira futebolística não foi das piores: participei, a partir dos onze anos, de alguns campeonatos na escola e abocanhei um segundo, um terceiro e dois primeiro lugares, em um dos quais levei troféu com artilheiro do certame. Com a idade, fui recuando um pouco e, agora, o técnico do nosso time vaticinou no último domingo: “Vejo você atuando no meio, como auqele número 5 de antigamente, que não precisa chegar na frente, tem um bom chute e dá apoio à defesa”. Pronto, é sempre assim: quando o cara vai ficando mais velho, mais sua posição vai recuando até chegar, finalmente, na zaga, parado, fazendo número no lado esquerdo do campo. Meus dias de atacante veloz e matador podem ter chagado ao final, mas ainda dou um caldo e prometo vestir a camisa do time com a vontade de um juvenil, mas com a experiência de um veterano que gosta do jogo e, acima de tudo, se diverte com a bola nos pés.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

La Revancha del Rock Ultimate Edition



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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

I wish

Eu queria dizer que a Índia é um país maravilhoso. Eu queria, sinceramente, ter paciência com todos os indianos que dirigem feito malucos, com a incompetência endêmica que lhes abate. Queira ter o espírito livre da exigência das coisas certinhas para poder suportar um pouco mais a bagunça institucionalizada de Nova Delhi. Eu queria poder não dar a mínima para a impáfia dos indianos que acham que a Índia é a nova potência mundial, o melhor lugar do mundo e que aqui tudo vai bem, obrigado. Eu queria não ser grosso com todos os mendigos e vendedores de revistas que, feito urubus na carniça, cercam meu carro e batem insistentemente na janela, pedindo, pedindo e fazendo cara deseperados. Queria ser gentil e camarada com todos os indianos que me cercam, mas tenho medo de que eles pensem que sou “fraco” e, por isso, queiram sempre tirar vantagem de mim (e eles, infelizmente, iriam fazer exatamente isso, porque simplesmente funciona assim aqui). Queria poder adimirar a religião, história e herança cultural desta civilização de 5 mil anos. Mas não consigo. O que me resta é gostar, e gosto, da vida que levo, de algumas pessoas que aqui conheci, das oportunidades de conhecer lugares maravilhosos e de viver sem muitas preocupações com o trabalho e com tempo de sobra pra poder fazer o que me dá na telha.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

1 ano

No dia em que completo um ano na Índia, o tempo amanheceu nublado, com uma chuva fina que não molha, mas se faz presente. Prefiro assim. O sol e o calor me incomodam mais. Faço o caminho habitual para o trabalho: os mesmos mendigos na rua, os mesmos trechos complicados, com carros invadindo os semáforos, apressadinhos que tomam a pista contrária, os mesmos indianos espremidos nos ônibus imundos e velhos. No trabalho, as mesmas pessoas me comprimentam, uns em inglês, outros em português. Abro a sala na mesma falta de motivação. Vejo a mesa cheia de papéis, meio por causa da falta de vontade de fazer aquelas coisas chatas, meio por preguiça. O mesmo jornal está a minha espera. As mesmas notícias sobre a política e a sociedade indianas, o que me dá mais preguiça pra começar o dia. Tento um Eric Clapton no iPod, ligado nas caixas de som do computador. O servente entra na sla e me diz “good morning, sir”, respondo com um “good morning” que quase não é externado pela minha voz. Leio os recados deixados pelo Ministro-Conselheiro, cuja letra indecifrável faz com que eu não cumpra a ordem descrita no bilhete. Dou uma olhada na apple.com/trailers e checo os filmes que nunca passarão nos cinemas daqui. Anoto os que me interessam e, daqui a uns meses, vou procurá-los na amazon.com. Talvez, com um pouco de sorte, consiga ver aquele filme do Tarantino no Brasil.
Mas não vou negar: a vida que levo dificilmente vou conseguir igualar em outro lugar. Aqui, frequento os melhores restaurantes, hotéies, spas e academias da cidade. E não acredito que no Brasil o luxo para os endinheirados chega ao chinelo do que encontro aqui em Nova Delhi. Moro em apartamento grande, pago pelo governo, tenho empregada e motorista a minha disposição seis dias na semana. Já conheci lugares maravilhosos, justamente por estar aqui. Tenho tudo que quero e faço tudo que me convém. 
A Índia já me ensinou muito, pouco sobre ela, demasiado sobre mim. Aprendi que posso ser preconceituoso, um atributo que, no Brasil, poucos acham que têm. Talvez porque nunca foram submetido a uma realidade igual a que sou diarimente bombardeado. Não é facil ser confrontado com você mesmo. Parece que quando certas situações surgem, estranha entidade toma conta de seu ser e atitudes surpreendes emergem, sem que você as reconheçam como suas. São atitudes e pensamentos que jaziam no meu interior e que são despertadas pelas situações aqui vivenciadas. Nada escapa à Índia. É um espelho que mostra a face interior. É um tapa na cara, um murro no estômago e um chute certeiro no saco.
Fácil é dar opiniões, criar teorias e imaginar soluções quando a realidade não bate todo dia a sua porta, pedindo mais e mais. quem nunca viveu aqui, nunca vai poder imaginar a dificuldade diária. A vida sob intenso stress de um país totalmente diferente de tudo aquilo que você já vivenciou é, muitas vezes, insuportável. E não me considero pessoa fechada a novas contribuições culturais. Desde a adolescência, convivo com pessoas de diversos países e sou bastente tolerante com culturas distintas da minha. Aprendi cedo, mas em certos dias desejo nunca ter pisado os pés em solo tão imundo. Outros dias, me sinto bem e levo o dia-a-dia com mais leveza. A Índia é isso: sobreviver dia após dia, procurando não prestar muita atenção ao que acontece ao seu redor. Tem dias que consigo fazer isso, outros não. Estes são os piores.
Um ano, só falta mais um.

sábado, 22 de agosto de 2009

La Revancha del Rock V

Londres, 24 de outubro. Ingressos garantidos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Twittering

Esse negócio de twitter vicia, pois é simples, rápido e, o melhor, conciso. Tenho medo de abandonar isso aqui...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

U2 - 360º Tour. Stade de France, 11/07/2009

A ida ao Stade de France foi feita sem grandes percalços. Caminhamos uns duzentos metros do hotel até a estação Breguet-Sabin e de lá até a estação do estádio. Já chegamos com o som do Kaiser Chiefs rolando. De primeira, ouvimos “Ruby” ainda antes de entrarmos. Entramos, achamos os assentos (um pouco longe, é verdade, mas não importa) e esperamos o show começar.
Musicalmente, este não foi muito diferente do show assistido há três anos em São Paulo, mas a grandiosidade da 360º Tour deixa no chinelo o espetáculo apresentado anteriormente. A alta definição do telão e som perfeito dava a sensação de estar bem perto da banda. O cenário montado, estranhamente fenomenal, parecia ter saído da prancheta de algum engenheiro espacial. O desenho disforme da estrutura que se conectava ao palco dava a impressão de um monstro a proteger os músicos. A visão dos integrantes do U2 era facilitado pelo palco praticamente vazio. Podiam ser vistos de qualquer ângulo, daí o nome da turnê. A passarela que permitia a circulação da banda, de modo a ter maior interação com o público, foi idéia criada na Elevation Tour e repetida na Vertigo ainda estava por lá, com alguns sortudos espremido na área vip bem em frente ao palco.
O show começou com “No Line on the Horizon”, musica-título do novo disco (muito bom, por sinal. Muito superior ao anterior e igual em qualidade ao “All That You Can Live Behind”).
Durante duas horas, o U2 tocou músicas de toda a carreira e o público, ensandecido, cantava junto. Também me empolgava a cada segundo.
Mas, em Paris, com amigos muito amados não é muito difícil. Até show do Wando nas mesmas circunstâncias seria bem agradável.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Qualquer título seria muito piegas...

Todo homem precisa de outro homem. Calma. Prenda o seu grito de "eu sabia!!!"na garganta. Passo à explicação: um homem precisa relacionar-se com outro homem pra ser ele mesmo. Na companhia de um amigo homem, outro ser do sexo masculino pode ser autêntico, quero dizer, bancar a criança, xingar, roer unha, falar besteira, enfim, ser ele mesmo. Conversas entre amigos de verdade quase nunca se resumem aos últimos acontecimentos políticos ou rumos da economia mundial. Futebol, mulheres, música e cinema dominam o diálogo. Na companhia de mulheres, os homens são mais moderados, sentem-se acuados e perdem metade da graça. Geralmente. Mas há um código nesse relacionamento entre os “meninos”: demoramos um tempo até nos acostumarmos com a companhia e sentirmos confortáveis com a presença de outro homem. Homem não faz amizade, nem vira “melhor amigo”em um ou dois dias. Ou meses. Ao contrário das mulheres, a amizade masculina é relação cultivada em anos de confiança e camaradagem. Não encontramos amigos em cada esquina. Amizade para o homem é coisa séria. É relação baseada em código não escrito, cujas regras não são quebradas com facilidade. Dizem que amizades somente são feitas até os trinta anos de idade. Concordo. depois dos trinta, somente podemos considerar as pessoas como colegas de trabalho, companheiros de futebol ou camaradas de mesa de bar. Pode ser que aquele sujeito que é marido da melhor amiga de sua esposa torne-se até uma boa companhia durante um jantar e outras ocasiões sociais. Mas nao é a mesma coisa. É relação forçada pelas circunstâncias. Você não escolheu aquela pessoa para iniciar amizade. Amigo escolhe-se. Por afinidades e não por circunstâncias.
Aqui na Índia, umas das coisas que sinto mais falta é de ter amigo, cuja amizade cultivada por litros de bebidas, quilos de tira-gostos e quantiadade considerável de risadas faz esquecer um pouco da rotina cansativa, do trabalho e demais problemas cotidianos.
No Brasil, tinha (e gosto de pensar que ainda tenho) o privilégio de considerar algumas pessoas como amigos de verdade. Posso demorar meses ou até anos sem vê-los que no próximo reencontro o abraço sincero vai servir para confirmar que o código não escrito, não falado, mas verdadeiro, não foi querbrado.

Boa sorte em Pitboyland, Bruxo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Moleskine

Declaro aberto a idéias, pensamentos e demais infusões para extrair deste Moleskine a esperança de levar vida mais literária.
Lisboa, 16 de julho de 2009. 

terça-feira, 7 de julho de 2009

Trip do mês: EuroTour

Mais uma vez deixaremos de lado a Índia para embarcar de volta ao planeta Terra. Desta vez, passaremos bons 20 dias na Europa. Lá, assistiremos ao show do U2 em Paris (sorry, periferia), onde encontraremos L., F. T. e E. Depois, iremos a Portugal (show do The Killers), mais uns dias em Paris, onde encontraremos a sogra e um dos inúmeros cunhados e, finalmente, Itália.
Fotos  no Orkut e no Facebook, como de costume.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mastercard

Passagem DEL-BKK-DEL: U$ 300,00, por pessoa, no Mastercard
Diária de hotel em Bangkok: US$ 80,00 no Mastercard
Upgrade para a classe executiva: US$ 120,00, por pessoa, no Mastercard
Quatro horas de vôo tranquilo sem sentir o fedor da classe econômica cheia de indianos: não tem preço.
Paguei feliz!

Zombieland

"They are not strong, they are not fast, they are not smart, but there are so many of them!"
Tenho uma teoria: os indianos são metade humanos, metade zumbis. Sim, reconheço características humanas neles, mas também me surpreendo com outras que me fizeram pensar e elaborar a presente teoria. Muitas vezes, tenho a sensação de caminhar em algum cenário de filme de terror pós-apocalíptico quando passeio por Nova Delhi. Seus habitantes têm hábitos e atitudes peculiares que somente estranha mutação genética ou a presença de genes mortos-vivos poderiam explicar. Abaixo as razões que sustentam minha teoria, a ser publicada, um dia, em revista científica especializada.
1) Andam no meio da rua, sem se incomodar com os carros vindo em sua direção. Atravessam as avenidas sem olhar para os lados, colocando apenas a mão na frente do carro, pedindo passagem, mesmo no trânsito caótico e perigoso. Alguns dizem que eles, na verdade, são destemidos, que não têm medo da morte e, por isso, desafiam o trânsito. Outros acham que eles agem desse jeito porque morrer é até melhor do que levar uma vida penosa por aqui. Eu, na humilde opinião, acho que na origem do povo indiano alguns mortos-vivos conseguiram acasalar e, como consequência, surgiram esses seres que vagam pelo subcontinente.
2) Estão sempre sorumbáticos e de cabeça baixa, como se vagando a esmo, sem destino certo. Gostam também de deitar nos gramados, não importando o horário ou a temperatura. Ficam lá, sob o sol, “fritando”, como se seus corpos não mais sentissem as condições do ambiente. Muitos preferem ficar de cócoras nas calçadas ou em cima dos muros. Ficam na “posição de cagar” observando a rua durante horas a fio. Dizem que estão acostumados a ficarem assim, pois fazem suas necessidades sem utilizar a privada, mas eu acho que é algo ligado algum cromossomo zumbi.
3) Outra característica indiana que reforça a minha teoria é o fedor que exala dos seus corpos. Tal qual cadáveres em estado avançado de putrefação, os indianos conseguem empestiar qualquer ambiente com seu fétido cheiro. Tal característica não respeita casta, classe social ou religião. É impossível ficar na mesma sala ou qualquer área fechada que um indiano fedorento. Experimentamos a sensação quando uma ala inteira do aeroporto de Bangkok exalava forte cheiro de carniça devido à alta concentração de indianos. Dentro do avião, a sensação pode ser sufocante! As teorias quanto ao fedor variam da falta de uso de desodorante à comida típica indiana. Sou mais a minha.
4) Ao tentar comunicar-se com o indiano médio, seu interlocutor pode ter ataques de raiva. Quando falam, não se fazem entender, quando ouvem, parecem não assimilar muita coisa. Tente perguntar algo para algum indiano. A resposta quase sempre vem sem que qualquer linha lógica possa ser costurada entre o que você perguntou e o que o morto-vivo te respondeu. É como se o sistema nervoso deles estivesse programado para uma única resposta. Às vezes, fazemos a pergunta milhões de vezes sem sucesso de resposta coerente. Só nos resta desistir e ir embora.
5) Não há qualquer dúvida de que nascer em ambiente sujo e sem condições humanas de higiene é um perigo à sobrevivência. Já na Índia, apesar do alto índice de mortalidade infantil, a população é incrivelmente numerosa. Vejo meninos brincando no chão imundo, em esgotos a céu aberto, chafurdando na sujeira das ruas e milhares de pessoas comendo naquelas nojentas barracas de comida espalhadas por toda a cidade. Eu, se comer uma alface sem mergulhá-la na Quiboa por bons trinta minutos, passo três dias sem levantar da privada. Além disso, a gripe suína nem está fazendo muito estrago por aqui. Na minha opinião, tudo isso tem a ver com o gene zumbi que eles carregam no DNA. Tenho a impressão de que alguns só morrem vítimas de certeiro tiro no cérebro.
6) Ao encontrar um zumbi-indiano vagando sozinho, é muito provável que você não corra perigo. Muitos são inofensivos e incapazes de produzir qualquer ameaça, mas em grandes grupos são ferozes e implacáveis. Quando um grupo de selvagens encontram vítima indefesa, escapar da horda de sedentos animais por carne humana e sangue é quase impossível. Qualquer coisa pode, então, acontecer, desde linchamentos até “gang rapes”.
7) Embora não existam provas de que os sistemas digestivo e urinário dos zumbi sejam funcionais, a metade humana dos indianos permite funções fisiolágicas normais. O que é ligado ao lado zumbi é a total falta de vergonha (e higiene, é claro), já que, sem cerimônia, fazem xixi e cocô na rua a qualquer hora do dia ou da noite. Ressalto que nunca vi alguém cagando na rua, mas lembro de reportagem na qual revista indiana relata que ele são o povo que mais defeca nas ruas. Não duvido.
8) Já os motoristas de rikshaw, digirem seus veículos a 15 km/h em avenidas lotadas e nem se incomodam em dar passagem ao raivoso condutor do carro que vem buzinando há mais de um minuto. São lerdos e parecem alheios ao ambiente ao seu redor. Para piorar, cospem um líquido vermelho tal qual sangue proveniente de uma mistura de sementes e ervas que mastigam a todo tempo. Nojento!!! Muitas teorias dizem que os condutores de tuk-tuk comportam-se desse jeito por estarem sempre sob o efeito de ganja (maconha) ou álcool. Não acredito.
As provas acima relatadas não deixam dúvidas de que os indianos carregam algo macabro no seu DNA. Mais cedo ou mais tarde terei minha teoria reconhecida pela comunidade científica internacional. Tenho certeza.

terça-feira, 23 de junho de 2009

16:38 (ainda faltam 22 minutos)

O que é que você quer de sua vida? Baixar filmes durante a noite para assití-los na manhã seguinte no trabalho, enquanto finge que o governo federal paga pelo seu árduo sacrifício? Acessar milhões de sites durante as seis horas que fica em frente ao computador todos os dias? Assitir aos trailers da apple.com. Fingir respeito às pessoas com as quais você trabalha? Fazer tarefas insignificantes (do ponto de vista profissional)? Aguentar a pessoa com a qual você divide a sala todos os dias e fingir que ela é uma pessoa legal e que você a considera um amigo? Rir das piadas sem graça dos colegas de trabalho? Sentir que nada de importante foi feito no seu dia após sair do trabalho e sentir o bafo quente dos 45º que fazem lá fora? Ser obrigado a ficar amigo de pessoas que nada têm em comum com você simplesmente pela falta de opção? É isso que eu faço da minha vida. Todo dia. Por muito tempo consegui levá-la sem que isso me incomodasse enormemente. Agora cansei, mas provavelmente nada vai mudar muito. No curto prazo. Óscar Wilde disse que a melhor maneira de valorizar o seu trabalho é imaginar-se sem ele. Quanto mais eu penso nisso, mais eu discordo dele.
No plano pessoal, vai tudo muito bem, obrigado!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ah, se aguento ouvir. Parte XIV

"Estamos iniciando os procedimentos para pouso em Nova Delhi. São 21:35h horário local, o tempo está limpo e a temperatura é de 35ºC" (!!!!!!!!!!!!!!!)
PUTAQUEOPARIU!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Post my secrets (India)

Medo!

Quando eu digo que a Índia está beeeem atrasada em relação a boa parte do mundo, ninguém dá muito crédito, mas quando os noticiários já nem mencionam a tal gripe suína, ela chegou por aqui na semana passada. Vai ver que o vírus estava com medo de pegar coisa pior por aqui.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

La Revancha del Rock IV

Lisboa, 18 de julho de 2009.
Ingressos comprados



quarta-feira, 6 de maio de 2009

O novo Oriente Médio

Bons tempos aqueles em que perigoso era morar no Oriente Médio.
A situação por aqui é a seguinte:
Afeganistão: o pau quebra desde o século XIX e sem perspectiva de final;
Paquistão: o pau sempre quebrou por lá, mas agora o Taliban decidiu entrar no país e instalar seu regime extremista no país;
Sri Lanka: o pau quebra por causa de rebeldes do norte do país que querem independência. O exército decidiu arrasar a rebelião e a guerra parece que não vai decidida ainda nessa semana;
Nepal: um dia após derrubar o Chefe das Forças Armadas, o Primeiro Ministro renunciou. Dizem que o pau ainda vai quebra por lá;
Pra que se tenha uma noção da geopolítica dessa região, se a Índia fosse o Brasil, o panorama seria mais ou menos este:
Afeganistão: equivalente à Colombia. Ou seja, narcoestado no qual ninguém liga muito sobre o que acontece por lá.
Paquistão: Argentina. Inimigo mortal
Sri Lanka: Uruguai. País simpático que já foi parte da Índia, mas também ninguém dá muita bola.
Nepal: Paraguai. Pequeno, deorganizado e cheio de coisas falsificadas. Se sumir, ninguém nota.
Pelo menos, ainda não há sinal de gripe suína.

La Revancha del Rock III

Paris, 11 de julho de 2009. Ingressos comprados.


quinta-feira, 30 de abril de 2009

Orissa 47ºC

Deu no "Times of India": Onda de calor em abril mata 67 em Orissa.
Segura a porra!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nova Delhi 47.7ºC

Dicas para passar o verão em Nova Delhi: fique em casa com o ar condicionado. Não tente sair de casa sob o risco de fortes sensações de desconforto. O pior ainda está por vir.

E Kirisoré reclamando dos 28º C que assolam Brasilia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Bo

Quando o cachorro escolhido por Obama para habitar a Casa Branca é notícia no mundo inteiro, pode ter certeza de que a crise econômica mundial está perto do fim.
Triste mundo esse no qual vivemos.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

..."don't make me blue"

Conversa ouvida em mesa do Caminho de Casa em noite de verão:
"Rapaz, sabe qual é o segredo da felicidade?"
"Qual?", perguntou o rapaz, já esperando algum tipo de resposta retirada da última edição de alguma revista feminina.
"Vinte miligramas de fluoxetina toda manhã"
"Vinte...?"
"Vinte. Quarenta miligramas é muita felicidade. Ninguém aguenta".

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Período sabático

Há muito não escrevo por aqui, mas para vocês seis, meus fiéis leitores, informo: alguns textos vão começar a povoar este espaço. Tem muita coisa a ser contada.
Mas agora, volto ao trabalho, já que o Embaixador quer que eu providencie a encadernação de umas partituras de Villa Lobos.
"O meterial instruirá o piano da Embaixada", disse-me.
Ah, o glamour da minha profissão...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

19 de fevereiro de 1989...

Faz, hoje, vinte anos que eu, na época com doze anos, acordei cedo naquele domingo na expectativa de ver meu Bahia sair de Porto Alegre com o título de campeão brasileiro. Lembro que li artigo no extinto Tribuna da Bahia no qual vaticinava o resultado da final de logo mais: o Bahia perderia a "Batalha do Beira-Rio".
"Jornalista babaca. Deve ser torcedor do Vitória."
`As 16 horas, quase todos os moradores da Teófilo Braga se reuniram na casa n 17 para ver o jogo.
Após muita mandinga e uma desinteria provocada pelo nervosismo, ouvi o apito final do folclórico árbitro Dulcídio Wanderley Bosquila e pude chorar aliviado: meu Bahia era campeão brasileiro pela segunda vez.
O que vi nos últimos vinte anos foi a derrocada de um time cuja torcida é, sem dúvida alguma, a mais fanática do mundo . Sem planejamento estratégico e "parado no tempo", o clube mais tradicional do norte-nordeste brasileiro foi sucateado.
Mas, tenho certeza, vou ainda ver os tempos de glória do esquadrão de aço de volta.
Bora Bahêa, minha porra!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Resolução

Nunca entendi esse lance de resoluções para o ano novo. As pessoas empolgam-se e enchem-se de esperança de que, agora, com a chegada de mais um ano, vão dar jeito na bagunça da gaveta, vão acertar as contas, fazer a tão sonhada viagem, realizar, enfim, todos os sonhos e desejos acumulados durante uma vida em apenas 365 dias. É como se o ano que passou fosse carregado de energias que te impediam de realizar todas as tarefas planejadas. Baboseira! Ora, se você nunca começou dieta numa quarta-feira (ou quaquer outro dia da semana que não a segunda) é muito provável que as promessas feitas no rito de passagem do ano sejam esquecidas na mesma gaveta desarrumada que você prometeu organizar. Faça resolução de vida e não de ano novo. Eu, que já comecei regime em um domingo, prometi, hoje, dia 6 de janeiro, ser forte para aguentar a Índia e tudo que me incomoda aqui.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2009: o ano em que faremos contato

"..and what have you done? Another year over; a new one just begun". Que 2009 seja tão surpreendente quanto 2008.