Thomas Friedman nos ensina que, hoje, o mundo é plano e que, na realidade, estejamos em Bangalore, Lagos ou Brasília, estamos conectados de tal forma que estamos, praticamente, no mesmo lugar: o diminuto planeta Terra. Discordo. Estou em Lagos e sinto que, meu mundo, leia-se Brasília, e todos os habitantes dele estão mesmo muito longe. Estão a todas as milhas que separam o Brasil da África. Uns, mais longe que outros, é verdade. Porém, o que mais sinto é que estou em um mundo à parte, do qual não sou habitante, enquanto que cada pessoa que significa alguma coisa para mim está longe. Muito longe. Emails, MSN etc., nada disso me conforta. Gosto de contato face a face, de poder sentir o cheiro, ver, tocar, estar perto, enfim.
Senhor Friedman, o mundo é plano uma ova! Ele é redondo e, nesse momento, insuportavelmente gigante.